Ser uma equipe independente dentro da Fórmula 1 tem um custo altíssimo – que o digam Caterham e Marussia, fora dos GPs dos Estados Unidos e do Brasil. As escuderias também sofrem para se manter durante uma temporada, e recentemente foi noticiado que Lotus, Force India e Sauber, todas endivididas, ameaçaram boicotar as últimas etapas de 2014 caso não acontecesse uma divisão melhor do dinheiro da categoria.
Enquanto isso não muda, elas sobrevivem. Foi o caso da Sauber: após anunciar o sueco Marcus Ericsson, a escuderia austríaca fechou com o brasileiro Felipe Nasr para os próximos dois anos. E a principal dirigente admitiu: o dinheiro influenciou na decisão.
“Nós sabemos o que estamos fazendo”, disse Monisha Kaltenborn, nesta quinta-feira, em entrevista coletiva no paddock de Interlagos. “Temos que ver a situação geral da Fórmula 1. Financeiramente está desafiador. As equipes privadas têm que levar algumas coisas em questão, como a parte financeira”, explicou.
“Você tem que olhar a parte financeira, senão fica difícil sobreviver aqui. Você leva em conta o dinheiro, os pilotos…”, continuou a primeira chefe de equipe mulher da F-1.
Felipe Nasr, de 22 anos, chega à Sauber com o patrocínio do Banco do Brasil na casa das dezenas de milhões de reais. Segundo Monisha, era preciso tomar logo uma atitude com relação aos pilotos para a próxima temporada.
“Uma coisa é conversar e outra, agir. Fizemos nossas escolhas, olhamos os pontos positivos, mas algo precisava ser definitivamente feito para o futuro. Ele está fazendo um trabalho muito bom. Está muito animado, tomara que tenha um ano muito bom”, falou.