O movimento de compra de apartamentos na região metropolitana de São Paulo (RMSP) atingiu o melhor desempenho do ano, em setembro último, com alta média de 70,9% no volume de negócios. Na cidade de São Paulo, a alta foi 55,1%. A procura por imóveis cresceu mais nos 38 municípios vizinhos à capital paulista. Excluindo a capital da soma, o mercado quase dobrou com expansão de 99,1%.
As informações são da Pesquisa Secovi-SP do Mercado Imobiliário feita desde 1982 pelo Sindicato da Habitação (Secovi). Apesar do resultado na comparação com o mês anterior, quando comparados os dados com setembro do ano passado, houve queda. Os dados apontam que na cidade de São Paulo foram comercializados 2.787 imóveis, 5,6% a menos do que no mesmo mês de 2013.
Na RMSP o total somou 4.798 unidades com recuo de 2% sobre setembro de 2013. Na análise dos dados dos municípios do entorno, o resultado comparativo sobre o mesmo mês do ano passado, indica alta de 3,4%.
O ritmo de crescimento dos lançamentos da região metropolitana ficou aquém da procura com aumento de 75,5% e 5.908 unidades. Em relação a setembro de 2013, houve queda de 5,7%. De janeiro a setembro, ocorreram 18.367 lançamentos – 15,4% inferior a igual período do ano passado, informou o Secovi, com base em levantamento feito pela Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp).
O vice-presidente de Incorporação e Terrenos Urbanos do Secovi-SP, Emilio Kallas, informou que as empresas do setor estão mais cautelosas diante do novo Plano Diretor Estratégico da cidade de São Paulo. “Com os parâmetros de construção mais restritivos estabelecidos pelo novo Plano Diretor Estratégico, é normal a cautela com novos lançamentos. Isso porque, os empreendedores estão lançando projetos que foram aprovados com parâmetros do plano anterior, preocupados com a reposição de seus projetos futuros sem que até agora saibam, exatamente, qual será a nova matriz de custos”, disse o executivo.
Em sua análise técnica, o Secovi destacou que ”a pior fase do mercado imobiliário – que foi influenciado pela atipicidade do ano e pela Copa do Mundo – provavelmente já tenha passado”.
Por meio de nota, o presidente do Sindicato, Claudio Bernardes, disse que “ainda é cedo para se analisar os efeitos da eleição presidencial no mercado imobiliário futuro”. O setor projeta encerrar o ano com o lançamento de 26 mil unidades e um total de 24 mil unidades comercializadas.