Pais dos 43 estudantes desaparecidos no México lideraram, nessa segunda-feira (1º), manifestação de protesto, que terminou em atos de violência, em Chilpancingo, capital do estado de Guerrero.
Cerca de 300 pessoas, incluindo alunos da Escola Normal Rural de Ayotzinapa, onde estudavam os desaparecidos, e professores, membros da Coordenadoria Estatal de Trabalhadores da Educação de Guerrero (Ceteg), pintaram palavras de ordem em edifícios na zona sul de Chilpancingo.
Alguns manifestantes encapuzados queimaram três veículos da Procuradoria estadual e destruíram outros 20.
Durante o protesto, a mãe de um dos estudantes desaparecidos disse que este é o início de “outra luta” mais intensa e advertiu que os ataques vão continuar se não lhes devolverem os filhos vivos.
Felipe de la Cruz, porta-voz dos pais, disse que o protesto reflete a raiva das famílias por não terem recebido resposta sobre o destino dos seus filhos, desaparecidos no dia 26 de setembro, em Iguala, nas mãos de policiais e membros do crime organizado.
Os professores da Ceteg avisaram que vão fazer mais ações radicais até que os 43 estudantes apareçam com vida, garantindo que não temem represálias das autoridades.