A recente divulgação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou o aumento da expectativa de vida do brasileiro ao nascer passou de 74,6 anos, em 2012, para 74,9 anos, em 2013. Esse dado cria um impacto importante em diversos segmentos de mercado, em especial a área da saúde, que a partir de agora será ainda mais utilizada por estes idosos, dada a sua longevidade.
Segundo dados obtidos pelo cálculo realizado pelo IBGE, no ano de 2025 os idosos no Brasil serão aproximadamente 30 milhões de pessoas, que equivale a 15% da população. Sendo assim, o mercado de saúde deve começar a se aquecer e apresentar novas propostas para atender a esta população, que em breve será a maior consumidora de seus produtos e serviços.
A mudança na expectativa de vida dos brasileiros, ainda que pequena, poderá influenciar em toda a área da saúde, seja no âmbito público ou privado, causando impactos nos planos de saúde, seguros de vida e planos de previdência.
Neste diapasão, deve-se reconhecer que um dos fatores que contribuiu para o aumento na expectativa de vida dos brasileiros é a melhora nas técnicas e procedimentos de saúde, que vem se aperfeiçoando cada dia mais.
É claro que o aumento de expectativa de vida da população deverá se refletir no interesse por novos produtos e serviços. Empresas farmacêuticas, clínicas, hospitais e demais fornecedores, que atendem a este tipo de demanda, deverão se preparar para ofertar seus produtos e atender, principalmente, a dois requisitos buscados pela população: preço e qualidade.
A oferta de insumos de qualidade a preços mais baixos dá-se devido ao fato de que cada dia mais há a busca por produtos que ofereçam melhor qualidade de vida, a fim de alcançar-se a longevidade por preços menores. Isso porque o aumento da expectativa de vida reflete diretamente no aumento do fator previdenciário, reduzindo os valores concedidos a título de aposentadoria.
O momento atual necessita que as empresas focadas no ramo da saúde comecem a refletir sobre o aumento da expectativa de vida e assegurem aos novos idosos, que serão seus principais consumidores em breve. Além de um novo tipo de atendimento, considerando as características deste novo público, que será bem diferente dos idosos de algumas décadas atrás.
O objetivo deve ser o de garantir a seus usuários um tratamento diferenciado, deixando de lado a ideia de fragilidade, que já não reflete mais a realidade de nosso país.
*advogada da área de saúde do escritório A. Augusto Grellert – Advogados Associados.