Uma professora de 48 anos, que pertence ao quadro da Secretaria de Educação do município de Pacaembu e que ministra aulas no Centro de Progressão Penitenciária da cidade, foi flagrada na tarde da última quarta-feira, 3, ao tentar entrar no local com quatro celulares.
Ela foi ouvida pela polícia, que instaurou inquérito para apurar o ocorrido inicialmente tratado como crime de introdução de celular em regime prisional.
Segundo ela, ao chegar até a unidade como de costume, passou a bolsa pelo detector de metais e nada constou. Em seguida, o funcionário a viu retirar dois invólucros do jaleco e pediu para que passasse novamente pelo detector, o que foi negado por ela. Foi acionado o diretor de disciplinas que constatou que havia quatro celulares escondidos.
A mulher relatou a polícia que há dois meses sofre ameaças de morte por telefone, de um número que liga restrito todas as noites e exige que ela leve os aparelhos celulares na unidade prisional.
Segundo a professora, uma voz feminina que não se identifica liga sempre no período da noite e exige que ela busque encomendas no correio, destrua as embalagens nas quais os produtos são enviados e os deixe na sala de aula, escondidos. A professora disse não saber quem é o preso que recebe os celulares. Segundo ela, a pessoa que liga faz ameaças de morte a ela e a filha.
De acordo com o delegado Hilton Testi Renz será solicitado judicialmente a quebra de sigilo bancário e ainda as escutas telefônicas.
A professora responde em liberdade e foi substituída das aulas na penitenciária.