O governador Geraldo Alckmin realizou ontem, 2, a primeira reunião com o novo secretariado após a posse para a gestão 2015-2018. Durante o encontro, o governador anunciou o corte de 15% dos cargos comissionados, de 10% dos gastos com custeio do Estado e o contigenciamento de 10% do orçamento discricionário, aproximadamente R$ 6,6 bilhões das despesas previstas para o ano.
Os cortes dos cargos e do custeio valem para todas as secretarias. Já a suspensão do uso de parte do Orçamento tem relação com o desaquecimento da economia. De acordo com o Alckmin, o Estado não pode contingenciar o dinheiro da dívida, de pessoal, transferência de recursos para municípios e para precatórios. Do valor contingenciado, 22% são de investimento e 44%, de custeio.
“É uma medida de natureza fiscal importante. Não sabemos ainda no começo do ano como é que vai se comportar a receita. À medida em que a economia for crescendo, vamos descongelar. A iniciativa é para não termos problemas no futuro,” explicou.
De acordo com o governador, outras medidas de eficiência do gasto público serão tomadas. “É fazer mais, fazer melhor com menos dinheiro, esse é o objetivo,” finalizou.
Ao falar dos desafios da política nacional, na quinta-feira, 1°, durante cerimônia no Palácio dos Bandeirantes, o governador reempossado, Geraldo Alckmin, defendeu a democracia brasileira e lembrou que “o Brasil pode avançar, e São Paulo tem dado mostras cabais disto, sem ferir os fundamentos do Estado democrático e de direito. O povo paulista tem rejeitado tanto a ilusão do populismo fácil como o reacionarismo que reproduz a desigualdade”.
O governador do Estado de São Paulo reforçou que os desafios do país só poderão ser superados por meio de uma união entre governo e oposição. “Todos nós conhecemos os duros prognósticos para a economia nos próximos anos. O país poderá viver dias difíceis. Mas o discurso fácil do pessimismo só é mais fácil que o discurso do otimismo irresponsável, que também já nos custou muito caro”, disse. “Ou todos, incluindo governo e oposição, convergem para recuperar a economia e aprovar reformas essenciais, ou 2015 será outro ano perdido”, reforçou.
Ainda segundo Alckmin, a missão da política está nas urnas. “Os brasileiros de São Paulo repudiam o aparelhamento da máquina pública; consideram repugnante a prática política que transforma o Estado num clube”, afirmou.
Veja a lista completa dos secretários
Administração Penitenciária: Lourival Gomes (reconduzido)
Agricultura e Abastecimento: Arnaldo Jardim
Casa Civil: Edson Aparecido
Casa Militar: Cel. PM. José Roberto Rodrigues de Oliveira (reconduzido)
Cultura: Marcelo Mattos Araújo (reconduzido)
Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação: Márcio França.
Desenvolvimento Social: Floriano Pesari
Direitos da Pessoa com Deficiência: Linamara Rizzo Batistella (reconduzida)
Educação: Herman Jacobus Cornelis Voorwald (reconduzido)
Emprego e Relações do Trabalho: João Dado
Energia: João Carlos Meirelles
Esporte, Lazer e Juventude: Jean Madeira
Fazenda: Renato Villela
Governo: Saulo de Castro Abreu Filho
Habitação: Nelson Luiz Baeta Neves Filho
Justiça e Defesa da Cidadania: Aloísio de Toledo César
Logística e Transportes: Duarte Nogueira
Meio Ambiente: Patrícia Faga Iglecias Lemos
Planejamento e Desenvolvimento Regional: Marcos Monteiro
Procuradoria Geral do Estado: Elival da Silva Ramos (reconduzido)
Saneamento e Recursos Hídricos: Benedito Braga
Saúde: David Uip (reconduzido)
Segurança Pública: Alexandre de Moraes
Transportes Metropolitanos: Clodoaldo Pelissioni
Turismo: Roberto de Lucena