A constipação intestinal, mais conhecida como intestino preso, causa incômodos a 15% da população brasileira. As mulheres são mais afetadas por esse problema: 75% das pessoas que sofrem do intestino preso são do sexo feminino. Além do desconforto abdominal e da sensação de inchaço constante, a doença pode provocar dores e o quadro pode ser agravado se o paciente não procurar ajuda médica.
“Várias são as causas do intestino preso, mas podemos dividi-las em dois grandes grupos: as causas orgânicas e as causas idiopáticas”, explica dr. Décio Chinzon, gastroenterologista do laboratório Lavoisier Medicina Diagnóstica. As causas orgânicas são facilmente identificadas: hipotireoidismo, o uso de medicamentos que causam constipação, uma dieta pobre em fibras, entre outros fatores. As chamadas causas idiopáticas são alterações do funcionamento do intestino que podem estar relacionadas à inervação, musculatura ou hormônios.
Se o motivo da constipação intestinal for orgânico, o fator casual pode ser eliminado e o intestino volta a funcionar normalmente. Quando não é possível identificar uma causa objetiva, existem medidas higienodietéticas que podem ajudar. “Estimulação por exercícios físicos, aumento da ingestão de água, correção da dieta e alguns medicamentos e suplementos podem ser indicados pelo médico para solucionar o problema”, explica dr. Chinzon.
Os alimentos ricos em fibra, como frutas e verduras, também contribuem para melhor funcionamento do intestino. De acordo com o especialista, a ingestão de 30 gramas de fibras por dia é o recomendado para evitar a constipação. “O problema está muito mais relacionado ao que se deve comer do que ao que se deve evitar comer. Alimentos ricos em fibras são a base do tratamento”, explica o médico. Iogurtes também podem amenizar o problema, já que são fontes de probióticos, que auxiliam no equilíbrio da flora intestinal.
A principal recomendação do dr. Décio Chinzon é procurar um especialista no caso de desconfortos frequentes. “Os pacientes constipados devem sempre procurar orientação médica para investigar o problema, que pode estar relacionado, inclusive, ao câncer do intestino, condição que vem crescendo entre a nossa população”, alerta o especialista. (Fonte: Lavoisier – www.lavoisier.com.br)