Peritos da Organização das Nações Unidas (ONU) apelaram hoje (30) à comunidade internacional para reforçar a assistência às populações afetadas pelas cheias no Malawi desde o início do ano.
Em comunicado divulgado nesta sexta-feira, um grupo de peritos em direitos humanos da ONU pediu à comunidade internacional que forneça rapidamente fundos e assistência ao governo do Malawi e aos agentes humanitários na região, no momento em que o país registra uma das piores cheias de sua história.
As enchentes afetaram 638 mil pessoas em 15 distritos do Malawi desde do início do ano, deixando 70 mortos e centenas de vítimas ou desaparecidos, segundo o comunicado. Pelo menos 174 mil pessoas tiveram que se deslocar dentro do país.
Chaloka Beyani, relator especial da ONU sobre os direitos das pessoas deslocadas internamente, destacou a “importância” de uma resposta efetiva e considerou que “a assistência para o retorno e a reconstrução de casas é só um desafio, entre outros”.
Além disso, as chuvas contínuas e inundações destruíram os cultivos e o gado, aumentando o risco de fome e má nutrição. “Comunidades rurais pobres perderam tudo e querem assistência para prevenir a fome”, disse Hila Elver, relatora especial sobre o direito à alimentação.
Por outro lado, a infraestrutura de saneamento e de higiene deve ser fornecida para prevenir e controlar surtos de paludismo ou cólera, segundo Léo Hellor, relator especial do direito à água e ao saneamento.
O custo chega a 3 milhões de euros, segundo o comunicado da ONU.
As cheias também afetam 240 mil pessoas em Madagascar e Moçambique, onde a assistência internacional é considerada crucial para ajudar a resolver os problemas.