A apuração das notas que definirão a campeã do Grupo Especial das escolas de samba do Rio começará às 16h45, na Praça da Apoteose, na Marquês de Sapucaí. A escola que ficar em último lugar será rebaixada para a Série A, antigo grupo de acesso. A vencedora desse grupo subirá e integrará, em 2016, a elite do carnaval carioca.
A disputa será decidida nos quesitos bateria, samba-enredo, harmonia, evolução, enredo, alegorias e adereços, fantasias, comissão de frente e mestre-sala e porta-bandeira. Momentos antes de começar a leitura das notas, a Liga Independente das Escolas de Samba (Liesa), responsável pela organização do desfile, informa quais quesitos serão os decisivos, caso haja a necessidade de desempate. Para cada quesito há quatro notas, sendo que a mais baixa é descartada. Elas variam de 9 a 10 e podem ser fracionadas em decimais.
Para o presidente da Liesa, Jorge Castanheira, o nível do espetáculo deste ano foi superior ao de 2014, apesar das barreiras enfrentadas pelas escolas, entre elas, a chuva forte que caiu no primeiro dia de desfile e em menor quantidade no segundo dia. Ele destacou também as dificuldades financeiras e os convênios assinados pela instituição.
Junto com a Viradouro, a Estação Primeira de Mangueira foi prejudicada por problemas de energia no gerador da Liesa, na Sapucaí
O presidente da Liesa reconheceu que o sistema de som apresentou defeito no domingo (15), durante os desfiles da Viradouro e Mangueira, as duas primeiras escolas a se apresentar. “Nós estávamos ligados com nossos geradores da empresa de som, só que teve uma alternância de tensão e isso desestabilizou todo o processo de amplificação do sistema.”
Ele acrescentou que os técnicos tiveram que identificar o local do problema, o que levou muito tempo. Segundo ele, durante o desfile das duas escolas, eles fizeram todas as inspeções até constatarem que estava no gerador. “[O sistema foi] revertido para a energia da Light, estabilizou-se e não houve mais problemas. O gerador ficou como backup para os outros desfiles”, explicou.
O presidente da Liesa não acredita que o defeito prejudicará as duas agremiações porque o manual dos julgadores determina que em falha de som eles podem relevar, uma vez que o caso não é provocado pela escola. “É um processo externo à apresentação da escola, então, creio que não haja nenhum prejuízo às agremiações”. No entanto, destacou que sempre existirá problemas à escola que, nessas ocasiões têm que se superar para não deixar que o desfile seja prejudicado. Ele não acredita que haja perda de pontos nos quesitos. “Acredito que não. Só se a escola parasse de cantar totalmente, o que não foi o caso. As escolas se superam nesta hora”, avaliou.