O protesto dos caminhoneiros que bloqueiam rodovias em todo País, em decorrência da à alta dos preços dos combustíveis e os valores dos fretes considerados baixos pela categoria, prosseguem em várias regiões com pontos de congestionamentos e lentidão.
A paralisação já afeta inúmeras cidades em vários estados e muitos já estão preocupados com a situação. Em relação aos municípios do interior paulista que também poderão ser afetados não é diferente.
Para o empresário Vagner Delovo, proprietário de um posto de combustíveis em Dracena, nesta semana ainda não deverá haver falta do produto, mas ele acredita que na próxima semana, a greve afetará a cidade. Segundo ele, todos os tanques estão cheios para atender o maior número de consumidores possível. Mesmo com uma possível falta, Delovo disse que não deverá ter reajuste no preço do produto.
O empresário Ednílson Abonízio também do ramo de combustíveis e da construção civil não foi notificado oficialmente pelas distribuidoras, mas também já se prepara para uma possível paralisação dos serviços nos próximos dias. Ele e seus irmãos que estão à frente de um posto de combustíveis e de uma loja de materiais para construção se preparam com um estoque maior de combustíveis e sacos de cimento, temendo que a greve afete a região.
“Não deverá haver falta do álcool, visto que o produto vem direto das usinas para o posto. Entretanto, já não podemos afirmar o mesmo com a gasolina e o diesel que são oriundos de Paulínia e Guararapes”, contou Abonízio.
Além do comércio de combustíveis e de construção, o setor alimentício também deverá sentir os reflexos do protesto dos caminhoneiros.
O gerente de um supermercado local, Olair Mantovanelli, informou ainda não ter sido notificado sobre uma possível falta de descarregamentos de produtos nesta semana.
A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que é uma das entidades que representam os caminhoneiros no País, divulgou nota dizendo que está “ciente das manifestações e bloqueios em rodovias federais e estaduais pelo País” e que “solicitou uma reunião com os ministérios para tratar das reivindicações, especialmente para tratar do aumento do combustível”.