A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) e o Ministério do Turismo (MTur) promoveram na manhã de hoje (6) um hangout (bate-papo na internet) de lançamento da campanha “Proteja – Não Desvie o Olhar.” Com participação aberta aos usuários da rede, o debate virtual teve a presença do ministro do Turismo, Vinícius Lages, e da ministra da SDH/PR, Ideli Salvatti.
O objetivo da ação é conscientizar a sociedade sobre a importância de prevenir e denunciar possíveis casos de violação de direitos da população infanto-juvenil, especialmente durante o carnaval, período de grande movimentação turística no Brasil.
De acordo com o ministro do Turismo, o Brasil deve movimentar aproximadamente 6,8 milhões de turistas brasileiros e estrangeiros no carnaval. Para Ideli Salvatti, a parceria com o Ministério do Turismo é fundamental para eficácia da campanha, principalmente para atingir os estrangeiros. “Os turistas chegam por aviões, se hospedam em hotéis e andam de táxi pela cidade. Em todos esses locais eles terão acesso a materiais da campanha”, disse.
Vinícius Lages informou que qualquer pessoa pode participar e divulgar a iniciativa. “Os sites do ministério e da SDH disponibilizam o banner da campanha. Qualquer um poder baixá-lo, repercutir o material e nos ajudar na disseminação da proposta”, acrescentou.
Na página da SDH, há registros de 91.342 casos de violação de crianças e adolescentes em 2014. Os principais relatos são negligência, violência psicológica, física e sexual. Os dados representam uma redução de 26,38% em relação a 2013.
Conforme Ideli Salvatti, os registros não representam queda ou aumento nas estatísticas de abuso. Durante o hangout, ela revelou a impossibilidade de relacionar o número de denúncias à realidade vivida pelas crianças.
“É impossível fazer essa relação. Não podemos afirmar nem mesmo que o crescimento das denúncias signifique o crescimento de qualquer violação. Pode ser que a fiscalização da sociedade esteja mais atuante” afirmou.
Ideli ressaltou que as campanhas de proteção à infância ocorrem o ano todo. “Ela é permanente. Tem determinados momentos em que são intensificadas”. Ela lembrou que a população tem de estar atenta para denunciar. Reiterou que a maioria dos abusos contra a população infanto-juvenil não está nas ruas. “As violações acontecem com maior frequência dentro do lar”, concluiu.