Ontem, 18, às 7h35, Ida Gallotti de Souza, 80 anos, mãe do cabo Gallotti do 25.º Batalhão da Polícia Militar, residente à rua Spinardi na Vila Barros, em Dracena, morreu após ter contraído dengue. Ela estava internada na UTI da Santa Casa local desde a última sexta-feira, 13, quando descobriu que estava com sintomas da dengue, principalmente febre alta.
O médico Luiz Roberto Volpi atestou na certidão de óbito que Ida faleceu por causa de insuficiência respiratória, insuficiência cardíaca, bronco pneumonia e dengue.
Ela foi sepultada ontem às 16h45, no cemitério de Dracena, pelo agente Marcos, através da Mutuária Dracenense.
O cabo Gallotti, filho de dona Ida, disse ontem à reportagem que ele e o pai também estão com dengue e já foram medicados e estão sendo acompanhados por médicos da Santa Casa.
Ele explicou que a pessoa com dengue vai ao Posto de Saúde e lá é feito o controle que em constatando que o nível de plaqueta está baixo o procedimento é o encaminhamento para a Santa Casa onde o médico faz o acompanhamento.
SECRETARIA DE SAÚDE – A reportagem fez contato com a secretária interina de Saúde, a vice-prefeita Célia Brandani no começo da tarde de ontem. No momento da ligação ela ainda não tinha conhecimento sobre o falecimento da senhora de 80 anos. Segundo Célia, a Santa Casa não havia feito o anúncio à Secretaria. Após, Célia informou que a idosa sofria de diabete e chegou ao PAM com insuficiência cardíaca e foi transferida direto para a UTI da Santa Casa. “A situação de saúde dela se agravou ainda mais com a dengue”, disse.
Célia frisou que a realidade é preocupante sim, principalmente com esses dias de muita chuva. “Se esfriasse seria melhor para todos. É de suma importância que a população providencie a limpeza de suas casas, sem a colaboração do povo fica complicado”.
Célia lembrou que agentes a informaram nesta semana que estiveram em uma residência onde todos estavam com dengue, porém na casa foram encontrados oito focos do mosquito transmissor e, um dos moradores ainda perguntou a um agente: “Será que estamos doentes por causa dos focos encontrados?”
“É incrível como as pessoas ainda estão desinformadas quanto à dengue”. Ela prosseguiu alertando que também já foi encontrado foco do mosquito Aedes Aegypti, na cidade, em água limpa também, o que contraria a tese de que ele só poderia ser encontrado em água suja.
“Estamos com propostas de colocar equipes das Secretárias de Obras, Agricultura, além da Vigilância e do Centro de Zoonoses para trabalhar em um arrastão em toda a cidade”.
Outra preocupação segundo Célia é com relação à dificuldade de finalizar as operações bloqueios (passar veneno em nove quarteirões próximos onde está o doente). “Muitas vezes não encontramos algum morador na casa e então não podemos entrar para fazer a nebulização, apesar de a Vigilância ter força de polícia. Estamos querendo rever situações como estas, além de aplicação mais rigorosa de multas”, concluiu.
MORTE SUSPEITA – A moradora de Dracena, Maria Lúcia Nunes da Mata, de 34 anos, morreu na quinta-feira, 22, de janeiro, após apresentar sintomas suspeitos da dengue, porém segundo o médico que assinou o atestado de óbito dela, Marcelo Guimarães Tiezzi, de Presidente Prudente, ela faleceu devido a uma hemorragia alveolar difusa, plaqueteopenia. Na época não deu tempo de Maria Lúcia passar pelo exame que constataria se ela teve ou não dengue, ela morreu antes.