Comemorando 23 anos de atividade em 2015, a Banda Marcial de Adamantina (Bamad) é um dos projetos mais bem sucedidos da Prefeitura que responde pelo seu custeio e manutenção, com vínculo administrativo à Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Neste domingo, 15, o grupo, que é presença certa em diversas apresentações e competições em diversos estados, fará apresentação especial no aniversário de Indiana.
Sob a regência do maestro Valter Negrini e da coreógrafa Kátia Mariotto, banda, comissão de frente, balizas e corpo coreográfico fazem mais uma apresentação na região. Atualmente a Bamad conta com cerca de 80 integrantes e trabalha desde a formação dos músicos e corpo coreográfico, até as apresentações especiais.
Podem participar da Bamad crianças a partir de 12 anos de idade, gratuitamente. As aulas/ensaios acontecem três vezes por semana, em diferentes horários. Mais informações pelo 3522-2243.
UMA FAMÍLIA – O trabalho de socialização desenvolvido pela Bamad é inegável, centenas de jovens passaram pelas “batutas” do projeto desenvolvido pela prefeitura de Adamantina nos últimos 25 anos e, com isso, tiveram acesso à educação através da música.
Aproveitando ensinamentos obtidos no convívio com os demais integrantes da banda, diversos jovens adamantinenses destacaram-se ao longo do tempo e conseguiram obter sucesso na música, dança e em outras diversas áreas. O maestro Valter Paulo Negrini e a baliza e coreógrafa Kátia Roberta Mariotto são exemplos deste processo.
Ainda com 10 anos, o jovem adamantinense Valter Negrini ingressou na Bamad como trompetista e há 12 exerce a função de regente, mas também é tido como exemplo pelos demais alunos do projeto.
Apesar das dificuldades enfrentadas, situação comum a maioria dos projetos sócio-culturais, Negrini indica o trabalho como principal item do sucesso da Banda Marcial de Adamantina. “A gente teve muito trabalho. A banda foi evoluindo a cada ano e com isso conseguindo títulos e conquistas, mas, principalmente, formando muitos jovens”, revela.
Para o maestro a formação cívica dos jovens é a maior contribuição do projeto, que além da música proporciona diversas lições a seus integrantes. Ele destaca as regras rígidas, principalmente quanto à postura dos integrantes, como fator fundamental para o desenvolvimento do projeto. “A banda não te dá conhecimentos profissionalizantes, mas desperta o interesse pela música e mostra um caminho. É um projeto social que tira os jovens da ociosidade através da música”, resume.
Negrini confirma a existência de diversos jovens em situação de risco que após ingressarem na Bamad conseguiram escapar da marginalidade. “Pra mim a Banda Marcial de Adamantina representa minha profissão. É onde encontrei minha noiva, onde tenho meus amigos. É tudo!”, conclui.
Já Kátia Mariotto, outra jovem destaque, é considerada uma das melhores balizas do País – tricampeã nacional, bicampeã estadual pela Federação Paulista, campeã estadual pela Secretaria de Esporte e Lazer, e campeã regional. Ela integra a “família” Bamad há 21 anos, 16 deles dedicados à coreografia do grupo.
Kátia lembra do interesse pela dança, sentimento despertado logo após o início dos primeiros ensaios na Bamad e revela as dificuldades encontradas no início: “Me interessei a partir do momento que entrei. Assisti vídeos, ensaiei e treinei muito”.
Hoje formada em educação física, Kátia destaca a importância do trabalho para a formação dos jovens adamantinenses e demonstra muita satisfação em fazer parte da Banda Marcial de Adamantina. “Sinto cada vez mais motivação e acredito que o trabalho só incentiva mais jovens a participarem”, conclui.