O Brasil e, principalmente, o Estado de São Paulo enfrenta uma grave crise epidemiológica. Nos dois primeiros meses de 2015, os casos de dengue subiram 159% e o número de mortes pela doença, 380% na comparação com o ano passado. Nas cidades da região o cenário não é diferente.
Diversos municípios estão em situação de alerta e outras, como Marília, onde houve registro de mortes, está em situação de alerta contra a doença.
Em Adamantina, o número de casos também aumentou, de 51 para 67, segundo o último balanço do Departamento de Controle de Vetores e Endemias. O número, apesar de alarmante, graças ao trabalho contínuo dos agentes de controle de vetores não pode ser comparado ao de outras cidades da região, onde o índice de doentes atinge 1 a cada 73,6 habitantes. Em Adamantina, esse comparativo é de 0,19.
O responsável pelo departamento, Luiz Carlos Putinatti, o Patrick, alerta que a situação é preocupante e a população é decisiva para evitar o aparecimento de novos casos, já que existem confirmações espalhadas por todos os bairros. “O importante é que a pessoa, ao sentir os sintomas, procure uma unidade de saúde para notificar o caso e para que a gente possa fazer o mapeamento e as ações de combate”, destaca.
Patrick reforça ainda que, se demorar a fazer a notificação, pode agravar a situação de saúde da pessoa e levar até mesmo a óbito. “Dracena já registrou óbitos, Marília tem mais de 13 casos de mortes, Catanduva com 18 casos. Imagina morrer de dengue atualmente. Se fosse uma doença de difícil combate, mas basta eliminar os criadouros e vamos conseguir eliminar novos casos”, destaca.
O responsável pelo Departamento de Controle de Vetores destacou que os profissionais seguem normas técnicas e atuam de forma constante para controlar a doença. “Estamos dando uma sequência, mas não podemos sair das normas técnicas. Não podemos sair de um lugar, onde estamos fazendo um trabalho para atender outro local onde apareceu um caso. Precisamos concluir o bloqueio em uma região para depois ir para outra”, revela.
Ele revela que inseticida é utilizado apenas no último caso e salienta que reduzir os criadouros é mais importante, pois assim haverá redução do índice de dengue. “O problema é eliminar as larvas que estão na água parada e que irão se transformar em novos mosquitos em 24 horas. O inseticida só atinge o mosquito no momento, não dura muito”, destaca.