É claro, quem não sabe que cadafalso é aquela geringonça de madeira que, antigamente, montavam em praça pública para enforcar os condenados e também alguns inocentes. A inteligência popular, que tudo simplifica, apelidou o tal patíbulo de forca…

Esse nefasto instrumento letal é na verdade a réplica de uma arapuca; com uma tampa no assoalho (de fundo falso) sobre a qual colocam, em pé, o sentenciado – que fica ali tremendo durante os minutos infinitos do fim da vida – até o instante medonho, em que o carrasco puxa a trava do alçapão e o infeliz perde o chão, caindo brutalmente, esticando a corda para golpear o pescoço, em morte cruel…
A descrição acima tenta mostrar por semelhança comparativa, sem exagerar, o risco que está se formando no Paço Municipal, afetando o clima corporativo do funcionalismo no segmento sindical, isto é, conflito funcional em família. A tal ponto que um movimento paredista (greve) está em pauta de cogitação.
Trocando em miúdos. O Poder Executivo e a direção do órgão de classe dos funcionários estão ensaiando um confronto (atrás do biombo). Ao que tudo indica, mal intencionados estão alinhavando por “trancinhas de fofoqueiros”, plantando animosidade para colher facilidade. Obra de gente que murmura pelos cantos dos prédios públicos na tentativa de difamar pessoas probas e corretas. Talvez, para abrandar a mágoa do desgosto eleitoral usando o intento malfalante da intriga, que, indevidamente, contraria a visão dos líderes políticos ao invadir o gabinete dos despachos.
Na verdade, a falta de sintonia e a inexistência de cordialidade entre os condutores dos segmentos do municipalismo local também podem ser a origem da discórdia; aproveitada pelos intrigantes que gostam de balbuciar ao pé do ouvido a peçonha destinada a produzir rancor e levantar inimizades entre pessoas do bem, construtivas.
Enfim, o cadafalso, patíbulo ou forca, como queiram, prossegue sendo montado pelos “carpinteiros da intriga política”, interessados na obtenção de vantagens partidárias ou pessoais; renegando ao total desprezo a cordialidade corporativa do funcionalismo municipal.
Enquanto as autoridades acolherem os fuxicos com roupagem de informação, ditos pelos inconformados com a decisão das urnas, torna-se difícil e quase impossível superar o fuzuê armado pelos detratores com acesso aos gabinetes, dizem os sindicalistas esperançosos em reatar diálogos. Com os espíritos desarmados e as más lembranças sepultadas, será possível abrir a porta aos novos e promissores tempos. É um ato de coragem pacificadora.
Caso contrário, vai aumentar o céu nublado com nuvens escuras, relâmpagos, trovoadas, granizo e algumas chuvas de pedras de gelo. Os carpinteiros do cadafalso continuarão a golpear seus martelos nos pregos do confronto e da discórdia, tornando mais densa e tenebrosa a noite política, que poderá envolver com suas sombras o Paço Municipal de Dracena…

PS: Se os maledicentes soubessem que os efeitos nefastos e destruidores das suas injúrias – tal e qual um fatídico bumerangue – retornam para as suas próprias vidas. Por certo, jamais abririam os lábios para destilar veneno…