Receita Federal e pela Polícia Federa fazem hoje (5) operação para desarticular uma organização suspeita de lavagem de dinheiro e evasão de dinheiro entre o Brasil e o Paraguai. A ação ocorre no Paraná, em São Paulo, Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
A Receita Federal informou que as investigações identificaram contas bancárias de diversas empresas, em geral fictícias, destinadas a receber valores de pessoas físicas e jurídicas brasileiras. Essas pessoas físicas e jurídicas, envolvidas nas investigações, manifestaram interesse em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do Paraguai.
Segundo a Receita Federal, o grupo investigado era responsável por conferir aparência lícita a recursos financeiros e por remeter esse dinheiro ao Paraguai. Além disso, para atender às exigências de doleiros paraguaios, o grupo transferia parte dos ativos ilícitos para contas bancárias brasileiras controladas por tais doleiros. As empresas controladas pela organização investigada movimentaram mais de R$ 600 milhões de origem duvidosa.
A operação chamada Bemol, conforme a Receita, por ter o mesmo propósito da Operação Sustenido, deflagrada em maio de 2014. Bemol e sustenido são referência à teoria musical: significam uma nota intermediária entre outras duas notas. No âmbito da Polícia Federal, o papel das organizações criminosas descobertas pelas operações era fazer a ligação entre traficantes de drogas, “cigarreiros” e empresários brasileiros com os fornecedores residentes no Paraguai. Os grupos envolvidos representavam o elo entre criminosos brasileiros e paraguaios.