Um representante da Organização das Nações Unidas (ONU) alertou hoje (30) para o risco de uma “catástrofe humanitária” na Síria, na véspera de uma conferência de doadores para a qual organizações não governamentais já reuniram donativos de 442 milhões de euros.
As Nações Unidas, cujo secretário-geral, Ban Ki-moon, vai presidir a conferência anual no Kuwait, pretendem alcançar um total de doações de US$ 8,4 bilhões para ajudar a população da Síria, há quatro anos em guerra.
“Fracassar na obtenção desses fundos conduziria a uma catástrofe humanitária perigosa”, advertiu Abdullah Al Maatug, enviado especial da ONU para os Assuntos Humanitários, diante de representantes de ONGs de vários países que estão no Kuwait para a conferência.
A diretora de Operações Humanitárias na ONU, Valerie Amos, disse que a situação continuou a se degradar na Síria, onde mais de 215 mil pessoas morreram desde março de 2011, sendo 2014 o ano em que foi registrado maior número de mortes (76 mil).
Quase um em cada dois sírios foi forçado a abandonar sua casa, o que constitui recorde mundial nos últimos 20 anos, segundo a ONU.
A terceira conferência de doadores para a Síria começa nesta terça-feira (31), com uma intervenção do emir do Kuwait, o xeque Mohamed Abdallah Al Sabah.
Em 2014, o encontro reuniu US$ 2,4 bilhões e, em 2013, US$ 1,5 bilhão.