Autoridades da Saúde de Panorama aguarda confirmação oficial do Hospital Regional (HR) de Presidente Prudente para saber se a criança de um ano de idade, internada naquela unidade, está infectada ou não pelo vírus da leishmaniose transmitido pelo mosquito palha. A menina reside com a família no bairro Potiguara.
De acordo com a nota da assessoria de imprensa do HR: ‘A criança permanece internada na clínica de pediatria do hospital e passa bem’. O e-mail enviado a reportagem do JR não deu detalhes se a paciente contraiu mesmo o vírus.
Em 2007, uma pessoa morreu na cidade por complicações provocada pela leishmaniose humana. A única morte até então. O caso mais recente da doença foi registrado em 2013 pela Vigilância Epidemiológica (VE) local. Não se sabe, ao certo, se no intervalo entre 2007 a 2013 apareceram mais casos positivos.
Mesmo pendente de confirmação, o quarteirão no entorno onde mora a menina deverá receber ações preventivas.
Segundo a enfermeira da VE, Selma Cristina Miqueloti Genova, agentes da Vigilância inspecionará quintais e conversará com cada morador pedindo a retirada do material orgânico, caso seja encontrado folhagem seca e madeiramento sem uso. Materiais favoráveis para reprodução do mosquito.
Na opinião do diretor de Saúde local, Israel Gumieiro, independente da resposta do hospital prudentino acredita ser quase certa a hipótese de a menina estar contaminada.
PREOCUPAÇÃO – Levantamento organizado pelo médico veterinário da Vigilância Epidemiológica de Panorama, Juliano de Carvalho Biffe, afirma que 42% dos 2.600 cães existentes em Panorama possuem teste positivo para leishmaniose. Número que inclui animais da área urbana e rural.
Todo ano, segundo o profissional, 600 animais são submetidos à eutanásia, em média. A eliminação do cão se dá quando são detectados sintomas comuns da doença: feridas espalhadas pelo corpo, queda de pelo, machucado ao redor dos olhos e na ponta da orelha, aumento anormal de unha e emagrecimento.
A principal preocupação relatada pelo veterinário vem sendo a resistência de moradores que dificultam a coleta de exames no animal, que pode estar doente sem apresentar sintomas aparentes podendo transmitir o vírus a pessoa através do mosquito palha.