O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que é o índice de inflação oficial no país, teve variação de 1,07% em abril e ficou 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de março (1,24%). O IPCA é divulgado mensalmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Mesmo com a redução da taxa em comparação a março, a inflação deste mês é a mais elevada registrada nos meses de abril desde 2003, quando atingiu 1,14%. Com este resultado, o índice acumulado no ano saltou para 4,61%, acima da taxa de 2,91% registrada em igual período de 2014.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice foi para 8,22%, o maior desde janeiro de 2004 (8,46%). Em abril de 2014, o IPCA-15 havia sido 0,78%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, Habitação ficou com a maior variação, 3,66%, enquanto a menor foi registrada em Comunicação, com queda de 0,30%.
Individualmente, coube à energia elétrica a liderança no ranking dos principais impactos. A forte elevação de 13,02% ocorrida nas contas refletiu reajustes que passaram a vigorar a partir do dia 2 de março, tanto na bandeira tarifária vigente (vermelha) – que aumentou 83,33%, ao passar de R$ 3 para R$ 5,50, quanto nas tarifas, com a ocorrência de reajustes extraordinários.
Juntos, o grupo Habitação (3,66%), com impacto de 0,55 (p.p.), Alimentação e Bebidas (1,04%), com 0,26 p.p., responderam por 75,70% do índice do mês, somando 0,81 p.p.
No grupo Habitação, além da energia, ocorreram aumentos em outros itens, com destaque para taxa de água e esgoto (1,05%); artigos de limpeza (0,93%); condomínio (0,87%); gás de botijão (0,82%); aluguel residencial (0,74%); mão de obra em pequenos reparos (0,74%).
Nos alimentos, a alta foi de 1,04%, sobressaindo os aumentos nos preços da cebola (6,72%), alho (6,61%), ovos (5,49%), leite (4,96%), tomate (4,28%) e óleo de soja (3,68%).
Quanto aos demais destaques em alta, os principais foram: passagem aérea (10,30%); serviços bancários (1,32%); telefone com internet (1,18%); empregado doméstico (1,12%); cabeleireiro (1,07%); vestuário (0,94%); conserto de automóvel (0,89%); remédios (0,81%).
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de março a 13 de abril de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 12 de fevereiro a 13 de março de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as principais regiões metropolitanas do País.