Em dia instável, a Bovespa fechou em alta ontem, 9, puxada pela forte alta das ações da Petrobras, em meio a expectativas com o balanço e cobertura de posições. A alta foi contida, porém, pelo anúncio de que a agência Fitch Ratings reduziu a perspectiva da classificação de risco do país para “negativa”,
O Ibovespa subiu 0,26%, a 53.802 pontos. Veja cotação. É o maior nível desde 28 de novembro do ano passado.
A Fitch informou nesta quinta-feira que manteve a nota de crédito do Brasil em BBB, mas alterou a perspectiva de estável para negativa, citando o contínuo baixo desempenho da economia, os crescentes desequilíbrios macroeconômicos, a deterioração fiscal e o aumento da dívida pública. A nota do país ainda permanece dois “degraus” acima da perda do grau de investimento.
As ações preferenciais (PN) da Petrobras chegaram a R$ 11,56, o maior valor desde 5 de dezembro, com fecharam em alta de 9,06%. As ordinárias subiram 9,28%, nas maiores altas dos papéis desde 3 de fevereiro.
Operadores destacaram os ganhos fortes com a cobertura de posições vendidas em meio à expectativa da divulgação do balanço auditado da petroleira em cerca de 10 dias. Nem o comunicado da estatal de que “não há data definida para a divulgação” dos dados freou o avanço.
O movimento foi também afetado pela debilidade dos bancos, atingidos por notícias sobre tributos no setor e corte de recomendação das ações, após a revista “Exame” publicar que a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) teria sido avisada informalmente de que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, quer elevar, de 15% para 17%, a alíquota da contribuição social sobre lucro líquido (CSLL) das instituições financeiras, destaca a agência de notícias Reuters.
As preferenciais do Itaú Unibanco e as do Bradesco perdiam cerca de 1% e 2%, respectivamente, perto do fechamento. Juntas, as ações respondem por quase 20% do Ibovespa. Banco do Brasil recuava mais de 3%.