A China emitiu mandados internacionais de captura de 100 pessoas acusadas de corrupção e crimes econômicos. Do total, 48 são ex-chefes de departamentos da administração pública e empresas estatais que fugiram do país, anunciou hoje (23) a imprensa oficial.

Os mandados foram emitidos pelo Gabinete Nacional da Interpol, com indicação dos possíveis locais de fuga e dos crimes que teriam cometido, disse a Comissão Central de Disciplina do Partido Comunista Chinês (PCC), responsável por uma campanha anticorrupção na China.

Segundo a comissão, 40 pessoas fugiram para os Estados Unidos, 26 para o Canadá e os demais para a Nova Zelândia, Austrália, Tailândia, Singapura e outros países.

Mais de 60% dos fugitivos, entre os quais 23 mulheres, são suspeitos de ter recebido subornos e de desvio de fundos. Milhares de funcionários chineses, dezenas dos quais com cargos de vice-ministro ou superior, foram investigados por suspeita de corrupção desde que o atual presidente, Xi Jinping, assumiu a chefia do PCC, em novembro de 2012.

A corrupção é considerada uma das principais fontes de insatisfação popular na China e a maior ameaça à credibilidade do PCC e a sua manutenção no poder.

A figura mais importante atingida pela atual campanha foi o ex-chefe da Segurança, Zhou Yongkang, preso em 2014, acusado de corrupção, abuso de poder e divulgação de segredos de estado.