Representantes da Coalizão B20, que reúne empresários das 20 maiores economias do mundo, divulgaram propostas para eliminar gargalos que impedem a expansão de emprego e investimento nos países que enfrentam dificuldades de crescimento.
As propostas, divulgadas pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em Brasília, fazem parte do documento paralelamente à reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI), que ocorre em Washington (Estados Unidos), com a presença do ministro da Fazenda, Joaquim Levy.
Uma das propostas sugere que governos liderem a construção de um ambiente de negócios favorável ao desenvolvimento sustentável. Para isso, pedem a implementação urgente, pelos governos do G20 (grupo dos principais países industriais do mundo), de reformas estruturais, ajustes fiscais, política monetária, reformas trabalhistas, facilitação de comércio e promoção da tecnologia.
No âmbito do Brasil, segundo a CNI, o documento é importante para alertar o governo e a sociedade sobre a necessidade do ajuste fiscal. “[É] fundamental [no ajuste fiscal] dar prioridade à melhoria do ambiente regulatório, por exemplo. A crise tem que ser também um momento de transformação em direção à criação de melhores condições para o crescimento.”
O relatório, denominado Global Business Outlook 2015, sugere que os governos adotem medidas para impulsionar o crescimento global. O documento, segundo informou a CNI, traz 22 recomendações consideradas estratégicas para reverter o ritmo lento da recuperação econômica mundial.
De acordo com a CNI, a Coalizão B20 considera que a recuperação da economia ocorre em “ritmo modesto”. “[O cenário é de] Produto Interno Bruto mundial distorcido, crises geopolíticas, assimetria de performance entre os países, restrição de investimentos, baixo preço de commodities e baixo crescimento do comércio mundial”, informa o relatório.
A CNI observa que as recomendações feitas pelo grupo Coalizão B20 assemelham-se às propostas da confederação para a melhoria do cenário econômico brasileiro. De acordo com a CNI, o momento exige maior “competitividade da indústria [brasileira] e do Brasil.”
*Título alterado às 12h55 do dia 17/04/2015 para esclarecer informação