A atual série de invencibilidade do Corinthians, com 22 jogos, está entre as cinco maiores nos 104 anos de história do clube do Parque São Jorge. Nenhum título foi assegurado com a sequência, mas participar do momento já faz o zagueiro Felipe bastante orgulhoso.
“É maravilhoso. Eu sempre comento isso aí com meu pai, que estou na história do clube. A importância disso não tem explicação”, afirmou o beque – surpreendentemente importante na construção desse período sem derrota, que já dura desde o amistoso de pré-temporada com o Colônia.
A vaga de titular caiu no colo de Felipe, no início do ano, com o repentino retorno de Anderson Martins para o El Jaish, do Catar. Ele não inspirava grande confiança, motivo pelo qual a diretoria foi buscar Edu Dracena. O experiente jogador está até agora no banco.O novo titular está no clube desde o início de 2012, mas não entrou em campo nenhuma vez nas conquistas da Copa Libertadores e do Mundial. Foi só em 2014 que passou a atuar com mínima regularidade, e os resultados só começaram a aparecer no fim do ano. Tite voltou ao clube em 2015, e o beque ganhou confiança.
“Trabalhei com ele quando cheguei, e ele sempre acreditou no meu trabalho, sempre falou para eu manter minha cabeça boa. Continuei trabalhando da mesma forma com o Mano Menezes e esperei minha chance. Ele voltou e disse que eu estava preparado. Estou mostrando meu valor”, comentou Felipe.
O camisa 28 só desagradou ao chefe quando comemorou um gol com salto mortal, ouviu reprimenda e repetiu o gesto no tento seguinte. No último domingo, 6, quando marcou contra o Santos, deu uma cambalhota simples, sem riscos. “Só dei uma roladinha para ele não ficar mais preocupado”, sorriu.