Depois de quase quatro horas, terminou a manifestação no Ministério da Fazenda, quando os cerca de 300 militantes de movimentos sociais desocuparam o estacionamento do prédio e foram para a Catedral Metropolitana de Brasília, mas, por volta das 13h, houve tumulto, quando os manifestantes tentaram ocupar a entrada de serviço do prédio e foram dispersados pela PM com gás lacrimogêneo e spray de pimenta. Na confusão, duas vidraças do auditório do ministério foram quebradas e pelo menos uma pessoa foi atendida no serviço médico.
Inicialmente, a Polícia Militar (PM) tinha informado que o número de manifestantes estava entre 600 e 800. Horas mais tarde, no entanto, a PM reduziu o total de pessoas para 300. Representantes dos movimentos sociais tinham informado que 2 mil pessoas tinham vindo a Brasília, mas não deram uma estimativa de participantes do ato em frente ao ministério.
Os manifestantes chegaram ao Ministério da Fazenda por volta das 11h45. Eles reivindicavam uma audiência com o ministro Joaquim Levy, que está em viagem para a reunião do Fundo Monetário Internacional, nos Estados Unidos. Uma comissão de 15 pessoas foi recebida pelo secretário adjunto de Planejamento, Orçamento e Administração do ministério, Neirilson Lima.
Os movimentos sociais reivindicam o lançamento imediato do Programa Minha Casa, Minha Vida 3. Eles protestam ainda contra o ajuste fiscal e o Projeto de Lei 4.330/2004, que prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade das empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que será afetado.
Os protestos, que ocorrem hoje (16) em todo o país, têm apoio da Central dos Movimentos Populares (CMP), da Confederação Nacional das Associações de Moradores (Conam) e dos movimentos Nacional de Luta por Moradia (MNLM) e Luta dos Bairros e Favelas (MLB), além da União Nacional por Moradia Popular (UNMP).
* Colaborou Daniel Lima