As obras de construção da creche escola, no bairro Guaraiuva, em Pacaembu estão paradas há cerca de dois meses e com aspecto de abandono. O mato toma conta ao redor da área onde o prédio começou a ser construído, enquanto tijolos estão empilhados no local que deveria ser um canteiro de obras, mas que não há sinal de trabalhadores há tempos.
Em frente à obra apenas iniciada, constam em uma placa do Governo do Estado, dados da parceria entre a Fundação de Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão da Secretaria Estadual da Educação (SEE) com a Prefeitura. A creche é projetada para atender 150 crianças do município.
O valor do convênio indicado na placa é de R$ 1.376.800,36 investidos pelo Governo do Estado, com prazo inicial da construção no dia 25 de setembro de 2013 e término em 21 de junho de 2014. Após quase dez meses do prazo de conclusão, o que a reportagem do Jornal Regional constatou no local, é que os serviços começaram e pararam em seguida.
Foram erguidos somente os pilares de concreto para sustentação da estrutura do prédio e as primeiras vigas que começaram a ser instaladas não estão prontas. Há somente a formatação com madeira e ferro que também não foram preenchidas com concreto. O resultado é que estão visivelmente tortas.
O prefeito Maciel do Carmo Colpas, estava ontem, 8, em São Paulo e por telefone, informou que a empreiteira contratada por licitação não vinha realizando os serviços corretamente, por isso, o contrato foi rompido e nova licitação está prevista para os próximos dias.
O chefe de Gabinete, João Nabor, afirmou que ainda não está prevista nova licitação, algo que será definida pela FDE, que de acordo com ele, foi quem determinou o rompimento do contrato com a empreiteira J&A Construtora, por não cumprir os procedimentos legais na construção, como utilizar material inapropriado pelos padrões da FDE.
Afirmou, ainda, que ao ser mantido o convênio da Prefeitura com o Governo do Estado, no ano de 2012, (gestão da ex-prefeita Mara Avamor), foi repassado somente a primeira parcela do valor da obra. Os demais repasses, conforme o chefe de Gabinete, são feitos conforme os serviços vão sendo executados.
O secretário afirmou também que desde aquele ano (2012), o valor da obra já estava defasado em R$ 500 mil e agora a Prefeitura está pedindo aditamento à FDE, mas até agora não autorizou o repasse do aditamento. Concluiu afirmando que a Prefeitura fiscaliza diariamente o local da obra. “A empreiteira é quem foi relapsa na construção”, declarou, acrescentando que a conclusão da creche não será a curta prazo, mas poderá demorar até três anos e o prazo inicial previsto para entregar a creche já foi prorrogado por várias vezes.
Em contato com a ex-prefeita, Mara Avamor, ela informou à reportagem que o dinheiro para a obra foi repassado integralmente pelo governador Geraldo Alckmin, no final de 2012, último ano de seu mandato, inclusive com publicação no Diário Oficial do Estado (DOE).
Apesar de ser o final de mandato, Mara explicou que a Prefeitura abriu licitação para construção da creche, mas em janeiro de 2013, quando o atual prefeito assumiu, passou-se o prazo legal de vigência da licitação e como a obra não teve início, outra licitação foi aberta pela Prefeitura. Com a creche em estado de abandono, a população aguarda solução para o atendimento às crianças do município.