O clima de tensão durante a desocupação de cinco famílias na área de risco do bairro Ponte Nova, às margens do Córrego Ribeirão das Marrecas, em Panorama, precisou da presença da Polícia Militar na tarde de quinta-feira, 9.
A polícia foi acionada para acalmar os ânimos dos moradores descontentes com a desocupação da área que se aglomeraram no entorno do local onde estavam os servidores.
Funcionários da Prefeitura de Panorama e do escritório regional da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) de Presidente Prudente foram impedidos de dar andamento na demolição de duas casas na rua Adolfo Vieira por pessoas, que se apresentavam como donas dos imóveis localizados na área de risco.
Segundo essas pessoas, a derrubada das casas atrapalharia o processo de indenização movido contra a Companhia Energética de São Paulo (Cesp). Estas casas são demolidas para evitar ocupação de novas famílias.
Em nota, a Cesp disse não possui pendências de qualquer natureza para adequação da situação de famílias no município de Panorama, uma vez que, cumpriu integralmente os seus compromissos assumidos com o município. Ela alega ainda, desconhecer qualquer doação de área efetuada a empresa pela Prefeitura de Panorama.
O trabalho de remoção das famílias do bairro Ponte Nova para o conjunto habitacional ‘Derocy Alves Valença’ deve ser concluído no fim deste mês. Das 34 famílias, faltam apenas 16 serem removidas.
“Quando se lida em situações adversas como estas, conflitos de interesses, às vezes o processo de desocupação é mais delongado”, disse Belvino, funcionário do escritório regional da CDHU.
Policiais militares do 2º Pelotão de Panorama permaneceram no local até que a discussão fosse resolvida. Não houve nenhum confronto que precisasse de uma intervenção mais dura da PM.