Como em 2014, o Real Madrid buscou o gol durante o jogo inteiro. Como em 2014, o Atlético se fechou, defendeu com precisão e segurou o rival poderoso até o finzinho. Como em 2014, o time branco venceu perto do apito derradeiro. Desta vez o triunfo foi com um gol de Chicharito Hernández, herói improvável que marcou aos 42 minutos do segundo tempo e garantiu o 1 a 0 e a vaga na semifinal da Liga dos Campeões para o time merengue.
Foi o desfecho favorável que o Real Madrid buscou nos dois jogos, atacando mais, propondo e arriscando, enquanto o Atlético se defendia. Se na final da Liga do ano passado foi Sergio Ramos quem fez o gol de empate no minuto final, desta vez o prêmio veio para o mexicano, que só começou como titular por conta dos desfalques, perdeu algumas chances e se redimiu em cima da hora.
A vaga na semifinal mantém o Real Madrid na disputa pelo bi europeu, agora com Juventus, Bayern de Munique e Barcelona pela frente. Além disso, o clube merengue também apaga o histórico negativo recente contra o Atlético, que havia vencido quatro dos sete primeiros duelos entre os dois times na temporada.
Tudo isso sem Bale, Benzema, Modric e Marcelo, todos desfalques nesta quarta. Neste cenário, o Real Madrid levou menos talento do que poderia por conta dos desfalques e o Atlético abdicou do talento que tem para se fechar e parar o rival teoricamente superior. O jogo de xadrez produziu um espetáculo intenso, mas menos agradável do que se pode esperar da Liga dos Campeões.
Até os 35 minutos do segundo tempo, melhor para o Atlético, que abdicou de jogar, mas segurou o Real e parecia satisfeito em levar a decisão para os pênaltis. A expulsão de Turan, porém, foi o “fato novo” que abateu os visitantes, que sofreram com o ímpeto final do Real Madrid e foram castigados, de novo a minutos do apito final.