Cinco escolas de Adamantina, Lucélia e Flórida Paulista participaram na manhã de ontem, 18, de uma carreata pelas principais avenidas de Adamantina em sinal de protesto à greve dos professores liderada pelo Sindicado dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp).
Esta é a segunda carreata que acontece na ‘Cidade Joia’. Da primeira vez, apenas professores da Escola Estadual Hellen Keller participaram, no entanto, as demais escolas também paralisaram suas atividades.
Desta vez, além das faixas, os professores estavam com apitos e bandeirolas e buzinaram durante todo o percurso.
Segundo a diretora regional da subsede da Apeoesp de Osvaldo Cruz, Maria Alicia Orlandi, desde janeiro vem ocorrendo diversas reuniões com o governo do Estado, mas não houve avanço nas negociações.
O que motivou a greve, segundo informações do Sindicato, foi que no início deste ano houve aglomeração de alunos por sala de aula e algumas chegam a ter 58 estudantes. “Tem sala que o aluno não tem carteira para todos os alunos. Está um caos”, disse.
“Além disso, o arrocho salarial e contratações de professores que não são efetivos e com regime de trabalho que não se encaixam no regime estatutário, mas também não tem fundo de garantia”, explica.
A classe também reivindica o auxílio alimentação que é de R$ 8 por dia e questiona o fato de em algumas escolas o professor não ter permissão de comer a merenda escolar.
A diretora explica que na região, a cada semana uma cidade entra em greve e na segunda-feira retorna as aulas. “Isso vem acontecendo há um mês aqui. A adesão total não acontece por estratégia de greve, para que os alunos não sejam prejudicados, por isso estamos pedindo a compreensão dos pais, pois nosso objetivo é a melhoria nas escolas públicas”, disse.
Todo professor que entra em greve tem o dia/aula descontado e o dia perdido tem que ser reposto.
O governador do Estado de São Paulo se reuniu com a classe há 15 dias, mas novamente não houve acordo. Está previsto uma nova reunião na próxima quinta-feira, 23.
Já na sexta-feira, 24, foi marcado assembleia na Praça da República, em São Paulo.