O tribunal indonésio rejeitou hoje (6) os recursos apresentados pelos advogados de dois australianos condenados à morte por tráfico de drogas. Essa era a última possibilidade que tinham para evitar as execuções por fuzilamento. Os recursos dos australianos Andrew Chan e Myuran Sukumaran foram rejeitados depois de o presidente indonésio, Joko Widodo, já ter negado os pedidos de clemência do governo australiano.
Chan e Sukumaran estão no grupo de 11 prisioneiros, incluindo cidadãos da França, do Brasil, das Filipinas, da Nigéria e de Gana, sentenciados à pena de morte por tráfico de drogas.
As autoridades indonésias indicaram que estão à espera da resolução de todos os pedidos de recursos legais, antes de executar os condenados no mesmo dia.
Os australianos foram condenados à morte em 2006, acusados de chefiar um grupo de traficantes – conhecido como Os Nove de Bali –, quando tentavam levar 8 quilos de heroína de Bali para a Austrália, em 2005.
O brasileiro Rodrigo Gularte, que também aguarda a execução no corredor da morte na Indonésia, foi preso em 2004 com 6 quilos de cocaína escondidos em pranchas de surfe, tendo sido condenado em 2005.
Apesar dos pedidos de clemências dos países de origem dos condenados, como a Austrália, o Brasil e a França, Widodo reiterou a firmeza de seu governo contra o tráfico de drogas e rejeitou os pedidos dos condenados.
Em janeiro, a Indonésia executou seis traficantes de drogas, incluindo o brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, o que causou uma crise diplomática entre a Indonésia e o Brasil.
A Indonésia, que retomou as execuções em 2013 depois de cinco anos de moratória, tem 133 prisioneiros no corredor da morte, dos quais 57 foram condenados por tráfico de drogas, dois, por terrorismo, e 74, por outros crimes.