O Corinthians ficou exatos 383 minutos sem fazer gols até ser eliminado da Taça Libertadores na quarta-feira passada, em derrota por 1 a 0 para o Guaraní, do Paraguai, na arena alvinegra em Itaquera. O time que superava os adversários com facilidade ficou no passado, e agora a comissão técnica busca alternativas ao estilo de jogo que foi descoberto pelos rivais.
Sem a Libertadores e com maior folga entre as partidas do Campeonato Brasileiro, o técnico Tite tenta aquilo que não apresentou nos dois confrontos com os paraguaios. Mesmo com tempo livre para treinar – 15 dias antes do primeiro jogo, sete antes do segundo – o Timão apresentou poucas variações ao 4-1-4-1 recheado por triangulações e jogadas pelas laterais.
Antes da partida deste sábado contra a Chapecoense, em Araraquara, pelo Brasileirão, os jogadores falaram sobre a necessidade de ter opções para o Corinthians fugir da marcação.
“O importante é continuar confiando no trabalho, como nós confiamos. Sistema, questão tática, isso é com o Tite… Eu acho que, da maneira que nossa equipe vem jogando, se existirem alternativas para sair de uma marcação, é melhor”, opinou o lateral-direito Fagner.
Tite fez alguns testes durante o ano, nenhum com tanta eficácia. Em situações específicas de algumas partidas, lançou dois atacantes na área – um centralizado, outro mais solto para se movimentar. As experiências com Vagner Love e Guerrero juntos duraram pouco tempo.
Em alguns momentos, o técnico também recorreu a uma formação próxima do 4-2-3-1, bastante utilizada por ele no Corinthians em sua última passagem, entre 2010 e 2013. A intenção era dar maior qualidade à saída de bola com Elias jogando um pouco mais recuado.
Agora, Tite tem opções no banco de reservas se quiser mudar o estilo do time. Há nomes de velocidade para o ataque, como Malcom e Mendoza; jogadores que dão qualidade à saída de bola, como Cristian e Bruno Henrique; e nomes mais versáteis, caso de Petros. A falta de gols precisa acabar para o Timão voltar a vencer.
“Contra o Guaraní, em Assunção, nossa equipe esteve muito abaixo do que pode render. E sobre o último jogo, não é uma coisa alarmante. Criamos muito e voltamos a jogar um bom futebol”, disse Fagner.