A Polícia Civil prendeu na manhã de ontem, 6, seis acusados de integrarem quadrilha especializada em furtar gado e que atuava em toda a região. As investigações, que já vinham sendo feitas por policiais civis da cidade de Santa Mercedes, há mais de um mês, conseguiram obter vários indícios de que os acusados haviam se associado de maneira permanente e haviam furtado 20 cabeças de gado em Santa Mercedes e outras duas na cidade de Monte Castelo.
Utilizando-se de métodos de inteligência policial foi possível identificar durante os trabalhos de investigação, todos os integrantes da quadrilha e verificar que havia entre eles, divisão de tarefas, sendo que cada um cumpria o seu papel dentro da organização (escolha da vítima, furto, venda, transporte e receptação do gado furtado).
Foi representado pela Polícia Judiciária pela expedição de mandado de prisão temporária em desfavor dos envolvidos, sendo a medida deferida pelo juízo de direito da Comarca de Panorama pelo prazo inicial de cinco dias.
Ontem foi deflagrada ação operacional, contando com apoio de policiais civis da DIG/DISE/GOE de Dracena, sendo presos na cidade de Santa Mercedes os acusados R.F.A.D., 38 anos, A.C.S., 57 anos, V.A.A., 28 anos, S.A.A., 44 anos e A.A.C., de 33 anos.
A ação estendeu-se até a cidade de Flórida Paulista, onde com apoio dos policiais civis daquela cidade e também da DIG de Adamantina, foi preso o acusado M.T., de 42 anos. Durante as buscas, também foi apreendido em sua posse uma espingarda cartucheira, calibre 36, motivo pelo qual o acusado também foi autuado em flagrante delito na Delegacia de Polícia de Flórida Paulista.
Na propriedade rural de um dos envolvidos, localizada em Santa Mercedes, foram apreendidas 21 cabeças de gado, suspeitas de terem origem ilícita, sendo que duas delas já foram reconhecidas como sendo produto de furto na cidade de Monte Castelo, ao passo que as demais serão submetidas a reconhecimento por parte de outros ofendidos. Apreenderam-se, ainda, três marcadores de gado, sendo que um deles apresentava a inscrição 4V e suspeita-se que eram utilizados pela quadrilha para marcar os bovinos furtados visando atrapalhar os trabalhos investigativos.
Todos os envolvidos foram indiciados por furto qualificado e formação de quadrilha e encaminhados para a Cadeia Pública de Presidente Venceslau, onde aguardarão ao término das investigações, sendo que a prisão poderá ser renovada por mais cinco dias ou, ainda, decretada a prisão preventiva para que os acusados respondam ao processo presos.
A pena prevista para o delito de furto é de dois a oito anos ao passo que o crime de quadrilha é apenado com reprimenda de um a três anos de reclusão. As informações são do delegado titular da DIG/DISE/GOE, Cléber Augusto Batista.