O empresário dracenense Jeová José Andrade, usuário frequente das rodovias na região, contesta a forma como está instalado e o limite de velocidade de 60 km/h imposto no radar do Departamento de Estradas e Rodagens (DER), localizado na rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294), proximidades do trevo de acesso ao bairro Salgado Filho, divisa dos municípios de Irapuru com Junqueirópolis.
“A rodovia foi recapeada, mas as faixas duplas de ultrapassagem proibidas aumentaram, foi feito um estudo errôneo na reforma, além disso, não existem radares com limites de velocidade não compatíveis com as rodovias, como na SP-294, em que o limite é 100 km/h (para veículos de passeio)”, explica.
Andrade também contesta a localização do equipamento. “Também não existe radar no meio de uma rodovia, a não ser que fossem instalados em série, em que o condutor teria que manter a velocidade reduzida em todo um trecho”, analisa.
Outro agravante, na avaliação do empresário, é a existência de quatro lombadas próximas ao trevo do Salgado Filho, onde há um intenso movimento de carretas canavieiras fazendo a rotatória para acessar uma usina de álcool. “Não foi feita a alça de acesso, o trevo no local tinha que ser em desnível”, aponta.
De acordo com Andrade, com o radar em funcionamento, as lombadas deveriam ser retiradas para reduzir os riscos de acidentes, uma vez que os caminhões pesados demoram para contornar a rotatória.
“Já está causando um afunilamento de veículos por causa das lombadas, principalmente para quem vem no sentido Irapuru – Dracena que são obrigados a reduzir a manter a velocidade em até 17 km/h, com o radar e as lombadas juntos os riscos vão aumentar”, enfatiza. O perigo, de acordo com o empresário, é a dificuldade de frenagem de caminhões carregados que vem pela pista da rodovia.
“Essas carretas não conseguem reduzir a velocidade abruptamente, o que pode causar um choque com o veículo da frente, com sérios riscos de vida para os usuários, como há poucos dias ocorreu uma colisão entre dois caminhões, felizmente não houve maior gravidade”, acrescenta.
Os pedágios nas rodovias Raposo Tavares (SP-270) e Marechal Rondon (SP-300), segundo Andrade, desviaram o tráfego dos caminhões para a SP-294. “A rodovia se tornará um corredor de multas. O empresário salienta ainda que o estudo de engenharia para reforma da rodovia, não foi compatível com a região.
“É uma rodovia complicada, tem muitos carreadores de entradas em propriedades rurais e praticamente a cada 10 quilômetros possui uma cidade, seriam necessários radares ao longo de todo o trecho da SP-294 na região”, conclui.
DER – O radar fixo, de acordo com o DER de Presidente Prudente, está pronto para funcionar, mas segundo o engenheiro do órgão, Clóvis Ribeiro de Castro, ainda falta a ligação elétrica, o que está sendo solucionado com a empresa concessionária, Elektro.
Segundo o engenheiro, resolvendo a ligação elétrica, o radar vai entrar em operação, o que deve ocorrer nos próximos dias. Castro afirmou ainda que os usuários da rodovia devem prestar atenção na sinalização.
“A dois quilômetros do radar, para o motorista que vem no sentido de Irapuru a Junqueirópolis, há uma placa de sinalização indicando a fiscalização eletrônica, com limites de 60 km/h”, afirma.
Ele acrescenta que o usuário deve se acostumar com a sinalização no trecho e a instalação de obstáculos no trevo do bairro Salgado Filho, para acessar à usina Rio Vermelho, foi uma exigência judicial, a pedido do Ministério Público.
Para regularizar a situação, conforme o engenheiro, é necessário construir um trevo em desnível no local, algo que depende da Secretaria Estadual dos Transportes. Mesmo que ainda tenha começado a operar, o engenheiro afirma que o motorista deve reduzir a velocidade e obedecer o limite imposto no trecho.