A história de Neymar na seleção brasileira principal começou em 26 julho de 2010. Naquele dia, o então técnico Mano Menezes anunciava a primeira lista dele. Robinho também estava na relação para um amistoso contra os Estados Unidos e era um dos remanescentes da Copa do Mundo da África do Sul. Pouco antes, o atacante havia sido eliminado nas quartas de final contra a Holanda, sob o comando de Dunga, mas sobrevivia ao processo de renovação.
Quase cinco anos se passaram, Dunga voltou ao comando da Seleção, e Robinho e Neymar continuam juntos. Só que os papeis se inverteram. Dentro e fora da equipe. Neymar, então uma promessa em 2010, virou camisa 10, capitão e dono do time. Isso sem contar o sucesso da última temporada no Barcelona. Robinho, antes protagonista do Brasil, hoje é coadjuvante. Em duas rodadas na Copa América do Chile, não jogou um minuto sequer.
Mas a rotina do jogador do Santos na competição está prestes a mudar. E justamente por causa de Neymar. Suspenso por quatro jogos e, com isso, fora da Copa América, já que, na melhor das hipóteses, restam quatro partidas para a seleção brasileira no torneio, o craque deve ser substituído por Robinho. Pelo menos foi o que indicou Dunga no treino da tarde de sexta-feira, em Santiago. Apesar de também ter testado Douglas Costa, a formação que ficou mais tempo em campo tinha o santista. O Rei das Pedaladas deve ter sua primeira chance contra a Venezuela, neste domingo, às 18h30 (de Brasília), no Monumental de Santiago, em jogo que decidirá a vida do Brasil na competição.
Quando convocou a Seleção para a Copa América, Dunga deixou claro que Robinho, que tem 31 anos, serviria para os mais jovens como um ponto de referência. Levou em conta também os jogos dele no Santos, mas a experiência do atacante foi o que mais pesou. Agora, Robinho tenta reencontrar o protagonismo na Seleção que se perdeu ao longo dos anos. O jogador até chegou a ser testado por Luiz Felipe Scolari, parecia estar prestigiado, mas ficou fora da Copa do Mundo no Brasil em 2014.