O Departamento de Água e Esgoto vê saltar de R$ 2,4 milhões para R$ 2,6 milhões a dívida gerada pela alta inadimplência e passa a ameaçar cortar o fornecimento de água naquelas residências em débito se não regularizá-lo o quanto antes.
Mesmo cobrando o valor mínimo da conta de água residencial R$ 13 (com esgoto) e R$ 9 (sem esgoto), uma parcela considerável da população tem deixado o pagamento da água e esgoto em segundo plano, ou talvez, em terceiro (plano) no orçamento da casa.
Para estimular os inadimplentes a acertar suas pendências no DAE, a administração municipal em 2013 elaborou a Lei de Refinanciamento concedendo naquele ano anistia fiscal.
O benefício fez com que a arrecadação aumentasse, porém, houve certa rejeição por parte dos contribuintes que pagam em dia suas contas e não acham justo esse privilégio para os inadimplentes.
Segundo o diretor do DAE, José Carlos Nunez Moral, atualmente está sendo feita uma ampla divulgação para que os contribuintes regularizem suas situações junto ao setor para evitar o corte de água já em vigor no município.
A incapacidade de investimentos do DAE é agravada ainda pelo déficit mensal de quase R$ 300 mil na folha de encargos.
De julho a 31 de dezembro de 2014, o departamento arrecadou R$ 790.826,99 e gastou R$ 999.183,47.
OUTRO PROBLEMA – No início do ano, o DAE de Panorama recebeu a conclusão do relatório técnico elaborado pela RHS Controls de Penapólis apontando falhas na rede de distribuição do município responsável pela perda de 68,67% do volume mensal de água tratada disponibilizada para consumo.
Segundo este documento, o município deverá desembolsar a ordem de R$ 10.297.429,52 para sanar a perda de água em toda a rede danificada.
Segundo o prefeito Luiz Carlos Henrique da Cunha, somente com ajuda financeira dos governos Federal e Estadual será possível realizar as obras de infraestrutura.