A inflação do mês de maio, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) ficou em 0,74% e o acumulado neste ano chega a 5,34%, o maior resultado no período de janeiro a maio desde 2003.
Segundo a coleta de preços do IPCA, realizada de 30 de abril a 27 de maio, os custos dos alimentos e energia elétrica, impulsionaram a inflação do mês passado.
A taxa de maio também superou a de abril, que foi de 0,71%. O índice da inflação, acumulado nos últimos 12 meses chega a 8,47%. Em maio do ano passado, o índice foi de 0,46%.
Segundo a coordenadora do IPCA, Eulina Nunes, em maio vários itens do orçamento familiar apresentaram elevação nos preços, casos da cenoura, o tomate e cebola que tiveram influência do tempo, com chuvas e umidade do solo, tornando a produção mais cara.
Ainda no item alimentos, a cebola registrou em maio, aumento de 35,59%. A alta acumulada neste ano é de 100,45% e 87,93% nos últimos 12 meses.
O tomate subiu em maio, 21,38% e acumula alta de 80,42% em 2015. A cenoura que registrou queda de 1,5% nos preços de abril subiu 15,9% em maio e com alta acumulada de 80,42% neste ano.
O aumento no preço do pão francês em 1,6% em maio e com reajuste de 8% acumulados neste ano, segundo a coordenadora do IPCA, ocorre por influência da elevação do dólar na compra do trigo importado.
A alta da energia elétrica é outro item que continua impactando a inflação. Conforme demonstra a pesquisa, o consumidor está pagando 41,94%em média a mais na conta de luz neste ano e nos últimos 12 meses, a alta acumulada chega a 58,49%.
A carne também apresentou reajuste de 2,32% em maio, 4,43% no ano e 18,45% nos últimos 12 meses.
DRACENA – Segundo o gerente comercial de um dos supermercados de Dracena, Edílson de Camargo, a cenoura e a cebola realmente sofreram reajustes, comparado ao ano passado e os preços seguem a tendência de alta.
Ele enfatiza que a rede de supermercados trabalha com produtos de primeira qualidade e o quilo de cenoura, por exemplo, está custando ao consumidor, R$ 6,79.
Quanto ao tomate, Camargo explica que o quadro está mudando. Com aumento da oferta do produto, o preço vem caindo e deve influenciar o índice da inflação de junho.
“O quilo do tomate classe A, chegou a R$ 5,99 em maio e hoje custa ao consumidor, R$ 3,49”, informa. Sobre a carne, o gerente enfatiza que o preço para o cliente vem se mantendo estável, uma vez que os últimos reajustes foram absorvidos pela empresa, não sendo repassados ao consumidor.
“Em oferta, o quilo da alcatra está custando R$ 16,99, enquanto o preço médio normal, é de R$ 23,79 há vários meses”, acrescenta Camargo.
Ele ressalta ainda, a mudança de comportamento do cliente que ao verificar o aumento do preço, normalmente substitui a carne que estava acostumado a comprar, por outra variedade ou marca mais baratos, para compensar o impacto do aumento de preços.