A natureza canta o amor. Qual o macho que nunca arrastou as asas, arriscou, galanteou?
Qual a fêmea que nunca se sentiu cortejada, cativada, atraída, seduzida, desejada?
A sintonia está no ar…
São fontes que se emanam em sensações, relíquias d´alma incontroláveis. Transpirações que exalam ofegantes, visíveis sonoridades, sutilezas, leituras no olhar. Grandiosidade nas expressões corporais, na beleza insinuada em detalhes… Que só os amantes enamorados, apaixonados podem transpô-la em ações, ao encontro…
Tal quais as moléculas que se atraem ou como imãs que buscam, unem, acasalam e emantam entre si em experimentação. Adormecendo em sono profundo de puro, transparente prazer…
Transpondo-se a um só corpo em profusão unificado as pulsações, na mais perfeita harmonia. E é nesse silêncio centrífugo, que inspira, conquista, sacia cauteloso desafio… E se encanta em troca, cumplicidade, paixão…
O amor. Onde riscos, desafios delineiam trocas mútuas. Dosagem entre sensibilidade, o equilíbrio, rolando sintonizados desfrutando, deixando-se lambuzar pela embriaguez do prazer em se doar, ser, deixar acontecer…E se estende sem o instante para cortar, encurtar, acabar ou elastificar-se.
Fruindo na imensidão, como pó das cachoeiras “umidificando”, doando-se, perpetuando horizontes coloridos, propulsantes, inovando…Valorando a aliança: sentido/razão…
A vida (a família/espécie/natureza)… o infinito “Amor”.
*professora de Arte, com especialização em Artes Cênicas, Pedagogia e Rádio.