Chega ao fim a era de Oswaldo de Oliveira no Palmeiras. Pressionado e questionado nas últimas semanas, o treinador, enfim, teve sua demissão confirmada na manhã de ontem, 9. Ele é o sétimo técnico demitido em seis rodadas do Brasileirão.
A diretoria do clube alviverde ainda não anunciou o substituto, mas Marcelo Oliveira aparece como principal candidato ao posto. Cuca corre por fora.
Oswaldo viveu semanas de muita pressão no comando da equipe. O treinador havia ganhado uma sobrevida com a boa vitória sobre o Corinthians na arena rival, na quarta rodada. O empate com o Internacional e a derrota para o Figueirense, no entanto, fizeram com que o técnico voltasse a ser questionado pela diretoria.
Em Santa Catarina, após o jogo contra o Figueira, Oswaldo afirmou estar tranquilo e confiante, apesar da pressão. De folga na segunda-feira, o técnico não retornou a São Paulo e seguiu direto para o Rio de Janeiro.
O treinador chegou ao Palmeiras em janeiro, com a expectativa de levar a equipe a brigar por todos os títulos na temporada por conta do alto investimento na formação do elenco. No total, 22 jogadores foram contratados em seis meses.
No Campeonato Paulista, o time viveu seu melhor momento. Venceu o Corinthians nos pênaltis na semifinal, na arena rival, mas viu o título escapar ao cair para o Santos logo na sequência.
No Brasileiro, empatou os dois primeiros jogos, contra Atlético-MG e Joinville, e perdeu o terceiro, para o Goiás. Muito pressionado, ganhou fôlego ao vencer o Corinthians na quarta rodada. O gás extra, porém, pouco durou.
Durante todo o período de incerteza, Oswaldo tentou mostrar tranquilidade. Sempre muito questionado nas coletivas de imprensa, o treinador usava o bom humor para passar confiança. Falou grosso algumas vezes, mas em nenhum momento conseguiu se livrar da pressão da queda cada vez mais iminente.
Oswaldo deixa o Palmeiras depois de 31 jogos. Foram 17 vitórias, sete empates e sete derrotas, com 50 gols marcados e 26 sofridos.