Faltando poucas horas para terminar o outono, a estação das folhas secas, surpreendeu a todos nos últimos três meses devido o baixo acúmulo de água, o menor dos últimos três anos, em Dracena, segundo dados coletados pelo Jornal Regional através da estação climatológica do campus experimental da Unesp. Lembrando que a Unesp está localizada na Rodovia Comandante João Ribeiro de Barros (SP-294).
O outono deste ano foi o que menos registrou índice de chuvas, com acumulado de 193.6 mm, desde o outono de 2012, com 412.4 mm. O número somente foi superado em 2011, com uma pequena diferença, quando choveu menos ainda durante a estação, 150.1 mm.
Neste ano, o outono surpreendeu. As chuvas registradas durante a estação ficaram abaixo do esperado.
Em março foram 19.4 mm, abril 35.4 mm, maio superou com 130.6 mm e junho com apenas 8.2 mm, fechando o ciclo de chuvas durante esta estação.
A temperatura também esteve alta neste outono, comparada com os anos anteriores. O dia mais quente foi registrado em abril, com 34.6°C, no dia 21. Já a mínima ocorreu em maio com 11.2°C, no dia 29.
Na pesquisa foi possível notar que nos outros três anos, durante a estação, houve dias em que a mínima ficou abaixo dos 10°C, diferente do que ocorreu este ano.
Como por exemplo, no ano de 2012, quando os termômetros registraram temperatura mínima de 8.2°C, no dia 1° de maio, seguida de 2013, com mínima também em maio, de 8.8°C, nos dias 7 e 8, e em 2014, quando a mínima registrada foi de 9.9°C, no dia 28 de maio.
A temperatura máxima neste outono em Dracena vem atingindo a economia local. Entrevistas já publicadas pelo JR com comerciantes da cidade mostraram que eles não acreditam na superação das vendas de casacos mais pesados neste ano se comparadas com a mesma época do ano passado.
Para aqueles que aguardam a tão sonhada chuva terão que esperar ainda um pouco mais, já que até a próxima semana, ainda não há previsão de chuva e a umidade relativa do ar começa abaixar. É neste momento que os cuidados com a saúde, principalmente de crianças e idosos devem ser redobrados, devido aos problemas respiratórios, típicos da estação mais fria do ano.
INVERNO – O inverno começa hoje, 21, exatamente às 13h38. Nesta estação, que compreende os meses de junho, julho e agosto, as temperaturas são climatologicamente amenas.
Nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, este trimestre é considerado o menos chuvoso do ano no que se refere à distribuição de chuvas. Neste período, o principal sistema meteorológico é a frente fria. Este sistema é, geralmente, de fraca intensidade, embora possa ocorrer a passagem de algum sistema frontal mais intenso, causando chuvas generalizadas nas regiões Sul e Sudeste.
Após a passagem de frentes frias, observa-se a entrada de massas de ar frio que, dependendo da sua trajetória e intensidade, provocam queda de temperatura e ocasionalmente geadas em locais serranos. Localidades como Campos do Jordão, Itapeva, São Antônio do Pinhal e muitas outras cidades, situadas em lugares altos no estado de São Paulo, registram valores negativos de temperatura.
Outro aspecto meteorológico que se observa durante o inverno são as constantes inversões térmicas que causam nevoeiros e neblinas. Estas inversões, muitas vezes, permanecem durante o período da manhã. O nevoeiro consiste na existência de gotículas d’água que flutuam no ar e reduzem a visibilidade a menos de mil metros. Além da redução da visibilidade, outro fator importante é o alto índice da umidade relativa do ar, cujos valores alcançam até 98% no período da manhã. O contrário ocorre no período da tarde, após a dissipação do nevoeiro, quando o índice da umidade relativa do ar diminui consideravelmente, chegando a registrar valores de até 40%. O ar seco e o vento calmo favorecem a formação da bruma – substâncias sólidas suspensas na atmosfera, tais como poeira e fumaça – poluindo o ar.
Durante a estação os dias tornam-se mais curtos e as noites mais longas. (Com informações do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos)