O deputado Leo de Brito (PT-AC) disse há pouco que o partido do governo vai entrar com recurso para tentar reverter a última sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, quando o colegiado aprovou, por bloco, 140 requerimentos de convocação, acareações e quebras de sigilo. “O PT vai entrar com o recurso por conta da violação do regimento interno no tocante às votações em bloco”, explicou Brito, ao mostrar o documento durante a reunião do colegiado, que ocorre desde às 9h de hoje.
Nas três primeiras horas dos trabalhos da CPI de hoje, o PT tentou convencer outros parlamentares que houve uma manobra irregular na última quinta-feira, quando a comissão aprovou os requerimentos, durante um intervalo da Ordem do Dia no plenário da Câmara, enquanto o PT tentava evitar a votação de alguns pedidos para discutir melhor as convocações.
Um dos pontos de maior incômodo, relatado pelos petistas na sessão de hoje, foi a convocação do presidente do Instituto Lula, Paulo Okamoto, para explicar doações de R$ 3 milhões recebidas pela construtora Camargo Corrêa. A deputada Maria do Rosário (PT-RS) chegou a acusar de “manobra da pior espécie”. Segundo ela, há uma tentativa na CPI de “colocar pessoas decentes e honestas nesta mesa como se não o fossem”.
Depois das discussões, os parlamentares começaram a ouvir o ex-presidente da Sete Brasil, João Carlos de Medeiros Ferraz, que, protegido por um habeas corpus, usou o direito de permanecer calado e não respondeu às perguntas de parlamentares.
Neste momento, a CPI ouve o presidente do Conselho Administrativo da Sete Brasil, Newton Carneiro da Cunha, que fez uma breve apresentação sobre sua trajetória profissional, relatando que ingressou na Petrobras em 1975 e passou a integrar o fundo de pensão da estatal, Petrus, em 2003, assumindo cargos de diretoria em 2007.