”Novo Romário”, um dos melhores amigos de Messi, herói do Manchester City, ex-genro de Maradona (e até xingado pelo craque após se separar da filha do craque, Gianina)… Não faltam expressões para definir para Sérgio ”Kun” Agüero. Mas no momento ele responde pela alcunha de artilheiro da era Gerardo Martino na seleção da Argentina. Com oito gols em nove jogos e sempre convocado desde que o treinador assumiu, o camisa 11 desbancou Tevez e Higuaín na luta pelo posto de centroavante. Agora tenta coroar a volta por cima e pagar o que chama de dívida com o fim do jejum de 22 anos dos hermanos sem títulos.
Atuando na Inglaterra há quatro anos, Agüero foi o grande nome do título inglês do City na temporada 2011/2012. Marcou o gol que selou a conquista aos 49 minutos do segundo tempo na última rodada e pôs fim a uma espera de 44 anos. Na seleção, no entanto, ainda buscava retomar seu espaço. Em má fase na última Copa do Mundo, perdeu a vaga entre os titulares depois da primeira fase. Mas tudo mudou com a chegada de Tata. Se antes da Copa América ainda existia a dúvida, cinco jogos e três gols depois o atacante parece ter ganho de vez a disputa contra Tevez, o xodó da torcida, e Higuaín, figura importante no último Mundial.
“Trato apenas de fazer meu trabalho. Tenho na minha cola dois grandes jogadores como Tevez e Higuaín. Isso me traz mais responsabilidade. Na Copa, não pude render como queria e precisava. Não cheguei da melhor maneira. Agora estou muito bem, melhor fisicamente, sem lesões. Estou tratando de pagar a dívida que tenho com a seleção”, resumiu em entrevista ao diário argentino ”Olé”.
Agüero balançou as redes três vezes nessa Copa América e é o vice-artilheiro da competição atrás do chileno Vargas. O posicionamento em campo é diferente do apresentado no Manchester City. Pela Argentina, o atacante tem jogado como o tradicional camisa 9 fazendo pivô. Ordens de Martino, que passa confiança para o jogador ao lhe dizer ”não me importa que não toque muito na bola, mas quando ela chegar, faça o gol. Isso me dá tranquilidade.”