A falta de técnicos nas casas da agricultura do estado de São Paulo atinge também as unidades sediadas nos 16 municípios de abrangência da Coordenadoria de Assistência Técnica e Integral (Cati) de Dracena.
Essa defasagem pode comprometer o desenvolvimento de programas disponíveis pela Secretaria Estadual de Agricultura, dirigidos a implementar a produção rural na da região.
De acordo com o diretor regional da Cati, engenheiro agrônomo, Luiz Alberto Peloso, a solução para suprir a redução no quadro de profissionais das Casas da Agricultura, a maioria por ter se aposentado, é a parceria das prefeituras com a Secretaria Estadual da Agricultura, na qual os municípios disponibilizam técnicos, como médicos veterinários, engenheiros agrônomos, zootecnistas, auxiliares técnicos e funcionários de serviços gerais.
“Precisamos trabalhar com essa parceria, os gestores devem colaborar pra ajudar o setor agropecuário e a Cati possui tecnologia e a estrutura necessárias para desenvolver os programas existentes junto ao produtor rural”, explica o diretor.
Na parceria, as Prefeituras cedem os técnicos para a assistência ao produtor rural e a Cati fornece a infraestrutura técnica e apoio para o desenvolvimento dos diversos programas existentes na Secretaria, inclusive com capacitação dos profissionais e produtores.
O ideal para o preenchimento dos cargos nas casas da agricultura, conforme Peloso, é a realização de concurso público, que por enquanto não está programado. “A solução, é o convênio com as Prefeituras para que os produtores rurais continuem a receber a assistência necessária e união desses técnicos da Prefeitura, com a Cati, significa um complemento e quem será beneficiado é o produtor rural, por isso é preciso a compreensão dos gestores”, informa.
A importância desse trabalho conjunto, conforme o diretor, é possibilitar aos produtores rurais, o acesso a projetos e programas da Cati que fomentam a renda e agregam valores na produção, principalmente do pequeno produtor.
Entre os programas citados por Peloso, estão o de microbacias, controle de voçorocas, merendas escolares, o Integra São Paulo, o Programa Paulista da Agricultura de Interesse Familiar (PPAIS), entre outros que adquirem os produtos, derivados principalmente da agricultura familiar.
Outro lado positivo do convênio para os municípios, de acordo com o diretor, é que todos que firmarem a parceria, recebem do Governo do Estado, recursos para reparos em uma estrada rural que seja estratégica para o escoamento da produção agrícola.
Peloso informa ainda que no geral, todas as 16 casas da agricultura da região têm déficit de funcionários, mas por outro lado, ele enfatiza que a maioria dos municípios firmou os convênios, casos de Flórida Paulista, Pacaembu, Irapuru, Flora Rica, Dracena, Ouro Verde, Santa Mercedes, São João do Pau D’Alho, Panorama, Nova Guataporanga e Monte Castelo.
“Paulicéia está formalizando o convênio e em Junqueirópolis, há possibilidade de sair”, informa Peloso. Faltam Adamantina, Mariápolis e Tupi Paulista, que de acordo com o diretor, irá reforçar aos prefeitos, a importância das parcerias.