A votação da MP do Futebol foi adiada para a próxima semana pelo plenário da Câmara. O governo pretende fazer com que o texto que trata do refinanciamento das dívidas fiscais e trabalhistas dos clubes de futebol profissional seja aprovado sem grandes alterações.

O líder do governo na Casa, José Guimarães (PT-CE), está negociando uma emenda destinada a pacificar as divergências com a chamada bancada da bola, composta por parlamentares ligados à Confederação Brasileira de Futebol (CBF).

“Combinamos o refinanciamento da dívida com prazo de 240 meses, [aplicação da] taxa básica de juros definida pelo Banco Central (Selic), mas faltam pequenos ajustes no que diz respeito à gestão dos clubes. A Medida Provisória 671/15 será votada na terça-feira, em tempo hábil, para não perder validade”, disse.

O acordo, segundo Guimarães, foi acertado com os deputados Marcelo Aro (PHS-MG) e Vicente Cândido (PT-SP) que defendiam mudanças. O grupo queria retirar a exigência de certidão negativa de débitos, para que os clubes pudessem participar de campeonatos, inelegibilidade de dirigentes que praticarem gestão temerária e tempo do mandato dos dirigentes.

“A CBF não está com esta bola toda para exigir nada aqui do Congresso”, atacou Guimarães. O líder petista acredita que a medida provisória estabelece um processo transparente para garantir o equilíbrio financeiro dos times de futebol brasileiro.

“O que o governo está fazendo é ajudar para ver se nossa seleção chega a algum lugar. Temos que ter clubes fortes, com suas dívidas renegociadas e gestão transparente,  principalmente por parte da CBF”, afirmou.

O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), disse que, se for votada até o próximo dia 9, haverá tempo suficiente para que o Senado vote a medida provisória antes que ela perca a validade no dia 17.