Estamos em meados de julho e muitas crianças e pais ainda se encontram em período de férias escolares. Para aqueles que estão aproveitando os últimos dias de folga e ainda irão viajar, devem ficar atentos com o lugar escolhido e tomar algumas precauções.
É o caso de quem irá para o Rio de Janeiro, que enfrenta atualmente um surto de caxumba. Desde o início deste ano foram registrados 658 casos suspeitos da doença. O número já ultrapassa os registrados em todo o ano passado, quando a caxumba foi confirmada em 561 pessoas.
A Secretaria de Estado da Saúde do Rio de Janeiro afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo na semana passada, que: “o número de casos está sendo objeto de investigação. Diferentes hipóteses estão sendo analisadas. Estão sendo investigados, por exemplo, dados como a incidência de casos de pessoas já vacinadas, em comparação com as não vacinadas ou que não completaram o ciclo vacinal. Outra hipótese pode ser a possibilidade de redução da eficácia da vacina ao longo dos anos”, informou.
A reportagem do Jornal Regional tentou apurar a quantidade de pessoas infectadas pela doença em Dracena este ano, no entanto, segundo informações da chefe de Vigilância para Prevenção em Saúde, Natália Guerino, o sistema para verificação do número de casos estava fora do ar.
Natália explicou em nota que no Brasil a caxumba (parotidite) não é uma doença de notificação compulsória, mas que sempre deve ser verificada a situação vacinal da população em caso de surto. A única forma de prevenção é a vacina, que é feita em duas doses: 1ª dose com 12 meses – tríplice viral, e 2ª dose com 15 meses – tetra viral.
Até os 19 anos devem ser tomados duas doses de tríplice viral. Nascidos até 1960 devem tomar a 1ª dose de tríplice viral.
A orientação é que a população aproveite este período de férias e confira a caderneta de vacinação e verifique se existe alguma vacina atrasada para colocá-la em dia.
Em Dracena há uma lei de autoria do presidente da Câmara Municipal, Francisco Rossi que afirma que ao matricular crianças nas escolas é preciso ser verificado se há ou não alguma dose atrasada. E quando o aluno já está estudando, a Secretaria de Saúde envia uma carta para a residência do estudante para mostrar que há alguma vacina que venceu o prazo.
CAXUMBA – A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas parótidas – um dos três pares de glândulas que produz saliva. As parótidas estão situadas entre as orelhas e à frente delas. A caxumba é muito mais comum em crianças, e pode afetar uma das glândulas ou as duas.
Era mais comum no Brasil antes da vacina ser inventada. Após as vacinas serem incorporadas ao calendário dos postos de saúde, o número de casos reduziu drasticamente.
As complicações da caxumba são raras, e geralmente acontecem quando a pessoa contrai a doença na vida adulta. Não há tratamento específico para caxumba, por isso é importante prevenir com a vacinação.
É causada por um vírus, que se espalha de pessoa para pessoa por meio de saliva infectada. Se não tomou a vacina, pode contrair caxumba ao conversar muito próximo da pessoa infectada, beijá-la ou então compartilhar utensílios como talheres, copos e pratos.
SERVIÇO – Em Dracena, apenas o Centro de Saúde Dr. Takashi Enokibara (Postão) possui sala de vacinação. O atendimento é de segunda a sexta-feira, das 7h às15h.