O feijão, um dos principais itens da cesta básica do brasileiro, vem apresentando sucessivas altas de preços desde o começo do ano.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que em 2015 o aumento do feijão carioca ao consumidor atinge 20,22%, enquanto o acumulado nos últimos 12 meses, é de 15,57%.
Já o levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), aponta redução na área de plantio que pode ultrapassar 2.97,3 mil hectares, afetando a produção nacional que deve ficar 8,8% menor em relação à safra passada.
Segundo o site Agrolink, especializado no setor, o preço da saca de feijão de 60 quilos, em Dracena, estava cotado na sexta-feira, 24, em R$ 166,09 à vista.
Fatores climáticos, associados à insegurança nos preços de mercado, ataques da mosca branca e migração para outras culturas, com rentabilidade mais garantida, são fatores, de acordo com especialistas, que provocaram a queda na área de plantio.
DRACENA – O gerente de um supermercado de Dracena, Gilberto Novaes, informa que mesmo com o aumento no preço do produto no mercado, os comerciantes estão retendo o repasse para o consumidor.
“Existe a projeção para subir, mas nos últimos meses, desde maio, o preço do quilo do feijão carioca vem se mantendo, em média de R$ 4,29 a R$ 4,49”, explica.
“Os mercados estão segurando o máximo para não repassar os reajustes aos consumidores”, acrescenta o gerente.
IMPORTADOS – Já com as altas sucessivas do dólar, cotado na última sexta-feira, 24, a R$ 3,34 para venda, os produtos importados sofreram reajuste para o consumidor de 20% a 30% desde o começo do ano, de acordo com Novaes.
São os casos do bacalhau, vinhos, frutas secas, azeitona e derivados, como o óleo de azeite, entre outros produtos.
No caso do vinho importado, em que neste período de inverno, as vendas tendem a aumentar, a procura, nos últimos dias, conforme o gerente, não é a mesma, comparada aos anos anteriores.