O abate de frangos e porcos registra aumento no País em comparação ao ano passado e um dos principais motivos que leva o consumidor a optar por essas duas variedades na hora da compra, é a alta no preço da carne bovina, devido a redução no abate do gado que caiu 7,7% no primeiro trimestre de 2015.
Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontando que houve crescimento de 2,6% no abate de frangos e 4,2% de suínos no primeiro trimestre de 2015, comparado ao mesmo período do ano passado.
Segundo a proprietária de um frigorífico de suínos em Dracena, Alzira Cardoso Trevisan, o mercado estava meio parado e começou a reagir há cerca de duas semanas. “Os abates aumentaram e o aumento no preço da carne bovina é um dos motivos, mas a diferença não é muito significativa, não chega a 5%”, informa.
Atualmente, conforme a empresária, em média estão sendo abatidos 120 suínos por dia. “Esse número é relativo porque depende da procura no mercado, se houver demanda a quantidade aumenta”, explica.
O preço do quilo do suíno vivo adquirido do produtor rural pelo frigorífico e destinado ao abate, conforme Trevisan, não tem registrado alta e vem sendo mantido e em torno de R$ 3,47.
SUPERMERCADO – O proprietário do supermercado Milena, em Dracena, Jefferson Pessoa, confirma que as vendas de carnes de frango e porco vêm aumentando. Mas ressalta que a carne de frango também teve alta no preço e o consumidor prefere migrar da carne bovina para a suína.
“O frango por si só tem mercado de venda garantida, mas ainda existe um pouco de preconceito em relação à carne suína, mas o consumidor está mudando esse conceito”, pondera.
A mudança de hábitos da dona de casa na hora da compra ao optar pela carne de porco ao invés da bovina e do próprio frango, conforme Pessoa, está associada ao preço do produto.
“Um quilo de contra-filé bovino custa em média de R$ 20 a R$ 26, enquanto o contra-filé suíno, custa de R$ 12 a R$ 16, isso ocorre também com outros tipos de cortes de carne”, informa o proprietário, salientando que a preocupação das empresas de comércio hoje é a inadimplência que vem aumentando.