Na última terça-feira, 18, a diretoria da Santa Casa, representantes do Sindicato da Saúde (Sindsaúde), funcionários da Santa Casa e do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) se reuniram em assembleia para discutir o acordo coletivo de trabalho proposto pela diretoria da Santa Casa.
A diretoria administrativa do hospital deliberou contrapropor o índice de correção em 8,76% a partir de 1° de junho deste ano e processar os meses anteriores (junho e julho de 2015) na folha de pagamento de agosto a ser creditado até o quinto dia útil de setembro, acolhendo assim, integralmente, o que fora proposto pelos funcionários quanto ao item reajuste salarial.
A diretoria decidiu, ainda, em contrapropor a adoção do salário mínimo estadual de R$ 920 a partir de 1° de junho de 2015, processando as diferenças dos meses de junho e julho deste ano na folha de pagamento deste mês a ser creditado até o quinto dia útil de setembro de 2015.
Com a aplicação do reajuste, o piso salarial dos funcionários passa a ser de: apoio R$ 920; administração R$ 1.022,21; auxiliares de enfermagem R$ 944,18, e técnicos de enfermagem R$ 1.253,92.
Já em relação ao abono de 10% que havia sido proposto, os recursos que seriam neles aplicados deverão ser carreados para o pagamento das diferenças salariais de junho e julho, em uma só vez (8,76% e piso estadual).
“O momento atual é de profunda reflexão, especialmente em razão da escassez de recursos financeiros e da inequívoca indicação de que tempos revoltos no futuro nos aguarda”, afirmou o documento assinado ontem, 21, pelo provedor da Santa Casa de Dracena, Altamir Alves dos Santos.
Em ofício, a Santa Casa pede que o Sindicato coloque à apreciação dos funcionários o quanto foi antes deduzido, para que então possa haver acordo entre as bases.
A Santa Casa afirmou, ainda, que estranhou que a entidade sindical não tenha entonação de desencadeamento de movimento, durante manchete veiculada pelo Jornal Regional, no dia 19 de agosto. “Jamais nos furtamos a discutir as bases de negociação para 2015/2016. Não é, portanto, o momento de fazer emergir a intolerância, ao contrário, o bom senso deve ser a tônica”, diz em nota.
Em relação ao investimento em espaços físicos e equipamentos, provocados inconformismo em alguns funcionários, o provedor Altamir Alves dos Santos ressalta que os investimentos no prédio e nos equipamentos sempre advieram de emendas parlamentares e, portanto, referidos recursos têm destinação específica, não podendo ele, em hipótese alguma, sob pena rigorosa, serem aplicados noutro setor, como por exemplo, de pessoal.
Os recursos de convênio destinado à Santa Casa advindos do Governo do Estado foram submetidos a um contingenciamento (corte) de 10%, percentual.
A Santa Casa termina a nota afirmando que recentemente houve a promoção de 33 auxiliares de enfermagem para técnicos em enfermagem, acrescentando-lhes um percentual de 25% no salário.
OUTRO LADO – A reportagem ouviu o diretor-presidente da subsede Dracena do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Campinas e Região, José Sérgio de Freitas, que informou que o ofício foi encaminhado ao presidente do Sindicato em Campinas e preferiu não entrar em mais detalhes sobre o assunto.