O Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente de Dracena definiu após prova escrita e psicológica, os 11 candidatos aprovados para o processo eleitoral dos conselheiros tutelares. São candidatos: Carlos A. G. Martinez, Tatiane Lima Ribeiro, William A.S. Agudo, Kely Cristina P. Nascimento, Clauci Gonçalves da Silva, Carlos Henrique da Silva, Fernanda dos Santos Gonçalves, Claudia Ledo dos Santos, Jéssica de Souza Santos, Cristina Campanari P.S. Carvalho, e Patrícia Maestrello Aguiar.
Os aprovados concorrem a cinco vagas para conselheiro tutelar. A campanha eleitoral dará início nesta segunda-feira, 10, com encerramento no dia 27 de setembro. A eleição ocorrerá no dia 4 de outubro, das 9h às 16h, na Câmara Municipal, quando qualquer cidadão que possui título de eleitor estará apto a votar.
Os eleitos participarão de capacitação para que possam assumir o cargo. A posse ocorrerá no dia 10 de janeiro de 2016 com mandato de 2016 a 2020.
REUNIÃO – Na noite de quarta-feira, 5, ocorreu reunião na Casa da Cidadania, com a participação dos 11 candidatos aprovados.
Segundo a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Darilene Monteiro Vialle, todos receberam orientações sobre o prazo da campanha eleitoral e que também está previsto para começar em breve um horário eleitoral na rádio.
CONSELHEIRO TUTELAR – O Conselho Tutelar foi criado com o Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990 e é um dos órgãos que compõem o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente. É responsabilidade das prefeituras e criação a manutenção de pelo menos um Conselho Tutelar em cada município brasileiro.
O Conselho Tutelar tem a função de receber denúncias maus-tratos que incluem violência física, psicológica ou sexual, abandono, ausência de cuidados, trabalho infantil e evasão escolar. Ainda entre as funções, também está em escutar, orientar, encaminhar e acompanhar os casos, requisitar serviços públicos de atendimento à criança e ao adolescente, fiscalizar os serviços prestados e, abrigar a criança e o adolescente em entidade quando necessário.
De acordo com a conselheira tutelar e coordenadora do Conselho em Dracena, Tatiane Lima Ribeiro Vargas, nos últimos meses o órgão vem recebendo dezenas de denúncias de casos envolvendo maus-tratos em crianças e adolescentes.
Ao receber a denúncia o conselheiro tutelar faz a visita na residência dessa criança e notifica os pais. Em seguida, começa o processo de investigação para ver se procede o caso. Se positivo, essa criança ou adolescente é encaminhado para o Creas (Centro de Referência Especializado de Assistência Social) que requisitará atendimento médico e psicológico para o afetado que também passará a conviver com algum familiar. Não havendo resultado, as crianças são retirados dos pais para abrigar na Casa da Criança ou do Adolescente. Todo esse processo pode durar mais de um ano. “Temos que esgotar todos os recursos para ajudar a família”, diz Tatiane.