A mudança de posicionamento do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) volta a exigir aulas em simuladores de direção para quem vai tirar a carteira nacional de habilitação (CNH).
Segundo o diretor de um CFC de Dracena, Renato de Carvalho, ainda falta definir a data oficial no estado de São Paulo para o uso obrigatório dos simuladores nas aulas de direção para quem vai tirar a CNH na categoria B, para dirigir automóveis de passeio.
“A exigência é do Contran a partir de 1º de janeiro de 2016, mas a regularização do prazo é do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) de cada estado e no caso de São Paulo, o Detran ainda não emitiu nenhum comunicado a respeito”, explica Carvalho.
O diretor informa que sem a definição da data no estado de São Paulo, o simulador ainda não é obrigatório, mas pode ser usado de forma facultativa pelo aluno.
“Embora as horas no simulador sejam válidas para completar a carga horária de prática de direção, por enquanto não temos ninguém utilizando, por não serem obrigatórias e também pela preferência dos alunos das aulas práticas nas ruas”, relata o diretor.
Caso o Detran de São Paulo, não definir a data da exigência até o fim do ano, o prazo que irá vigorar é o estabelecido pelo Contran, no começo de 2016.
Para realizar o exame da carteira de habilitação, são exigidas 25 horas de aulas práticas. “Quando as simulações começarem a vigorar, o aluno obrigatoriamente terá que praticar cinco horas para fazer o exame”, explica o diretor.
Ele analisa que o simulador pode ajudar o aluno no trânsito, mas o benefício é limitado. “O equipamento utilizado é o mesmo para todo modelo de automóveis, do simples ao mais moderno, ao contrário dos simuladores de voos que são usados para o aperfeiçoamento dos pilotos, em que cada modelo utilizado é para um tipo específico de aeronave”, informa.
Carvalho explica ainda que existe a possibilidade de o simulador se tornar obrigatório nas aulas prática de moto.
“Nesse caso, sim é válido, porque o aluno vai passar por situações que enfrenta no trânsito e vai treinar, por exemplo, o equilíbrio que é fundamental para quem conduz uma moto”, enfatiza Carvalho.
Com as aulas obrigatórias nos simuladores de direção de automóveis, o custo de uma CNH, conforme o diretor deve subir pelo menos R$ 300. “Pode ser até mais caro, dependendo do custo de operação”, aponta Carvalho.
O equipamento e a instalação do simulador que deverá ser usado nas aulas práticas custaram ao CFC, cerca de R$ 40 mil.