Após altas consecutivas do dólar e uma queda na última quarta-feira, 29, a moeda norte-americana voltou a subir nessa quinta-feira e fechou em alta de 1,25%, a R$ 3,37 na venda, quando retomou o maior valor em mais de 12 anos. Com isso, a desvalorização do real diante do dólar interfere e muito na vida financeira dos brasileiros.
Neste mês, os consumidores sentirão no bolso, logo de manhã, ao comprar o pãozinho francês.
O pão francês, muito consumido pelas famílias no café da manhã, e demais produtos como, bolos, roscas e derivados da farinha de trigo deverão ter aumento. Isso porque o ingrediente é importado e fará com que o valor do insumo aumente.
Roberto Aparecido Ribeiro, empresário no segmento, informou que ainda não reajustou o preço dos produtos, mas que até a segunda quinzena deste mês – quando for adquirir outra remessa de farinha de trigo – provavelmente terá que arcar com um aumento de aproximadamente 10%, que será repassado ao consumidor.
Além de bolos e pães, Roberto contou que há 20 dias houve um pequeno aumento no preço do leite. “Provavelmente haverá outros reajustes até o final o do ano porque não temos perspectivas de uma melhora na economia do País”, avaliou.
O empresário já sentiu uma queda expressiva no movimento de sua padaria, principalmente com relação aos pedidos de pães para lanches e massas de pizzas. Ele explicou que as pessoas estão parando de comer fora de casa e compram apenas o necessário. “Lanches, pizzas estão ficando em segundo plano”, ressalta. Os pedidos de chapeiros e trailers da cidade caíram 20%.
Apesar da retração do consumo, as panificadoras dificilmente sentirão uma diminuição na venda do pão francês, uma vez que “o tradicional pãozinho não costuma faltar e é insubstituível na mesa dos brasileiros,” concluiu Roberto.