Apesar deste ser um tema frequentemente debatido entre professores e pais, entre os profissionais da saúde e educação e a comunidade, falar sobre limites é sempre um grande desafio.
A cada dia vejo pais mais angustiados em sua tarefa de educar, escolas mais preocupadas com a formação pessoal de seus alunos e uma sociedade cada vez mais assustada com as atitudes e valores de suas crianças e jovens.
O que está acontecendo? Onde estamos errando como pais, educadores e cidadãos?
Responder estas perguntas não é nada fácil, mas acredito que uma única palavra pode estar relacionada a tudo isso: limites.
Parece que temos medo de falar em limites e pior, de colocá-los para nossos filhos e educandos. Ninguém parece mais dar conta de fazer o papel de vilão, todos querem ser mocinhos dessa história. E nossas crianças e jovens andam por aí cada vez mais perdidos e sem limites, rodeados de mocinhos e fadas madrinhas, mas clamando por “cuidem de mim”, “coloquem limites”, através dos mais variados desafios aos quais se lançam (esportes radicais, drogas, violência, entre outros).
E aí, o que vamos fazer? Ficaremos assistindo o nosso futuro se perder nas mãos de “filhos desorientados” ou assumiremos uma nova atitude frente a eles, oferecendo limites claros e mais eficazes?
Essa escolha é sua. Espero que reflita sobre o papel que você está assumindo na vida de seu filho e/ou educando: de vilão ou de mocinho? E que se lembre que em todas as histórias (ficção ou contos de fada) os vilões existem para desafiar e despertar a força e o potencial que existe dentro de cada um para lutar por uma vida nova e vencer.
*Psicóloga do Colégio Objetivo de Dracena